Membros de torcida organizada são julgados pelo TJ

Integrantes da organizada do Goiás começaram a ser julgados nesta quarta-feira

Postado em: 12-10-2023 às 12h30
Por: Matheus Santana
Imagem Ilustrando a Notícia: Membros de torcida organizada são julgados pelo TJ
Todos esses torcedores serão julgados pelo Juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida de Goiânia | Foto: PCGO

Mais um caso envolvendo a rivalidade entre torcidas organizadas em Goiânia vai a julgamento nesta quarta-feira, 11 de outubro, no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). Os acusados ​​são seis membros da torcida organizada de Goiás: Hiago Bastos Moreira, Felipe Rocha de Oliveira, Nickson Franklin Calixto de Araújo, Bittencourt José Gomes dos Santos, Pedro Henrique Rodrigues Belém e Rianis Leonam Ferreira Gonçalves. Todos esses torcedores serão julgados pelo Juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida de Goiânia.

Além da tentativa de homicídio, os acusados são suspeitos também pelos crimes de associação criminosa, dano qualificado e corrupção de menor. O caso ocorreu no dia 1º de fevereiro deste ano, logo após uma partida entre Vila Nova e Grêmio Anápolis pelo Campeonato Goiano de Futebol. 

De acordo com as investigações, um ônibus que transportava os torcedores de Vila Nova, ao entrar na St. Buena Vista, foi parado por um grupo de torcedores da torcida organizada do Goiás Esporte Clube. O grupo atacou os passageiros do ônibus com paus e pedras e um dos acusados ​​chegou até a disparar contra um dos torcedores do Vila Nova. O tiro atingiu de raspão na cabeça da vítima.

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O jornal O Hoje conversou com o Major da Polícia Militar e Subcomandante do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos da PMGO (BEPE), Wildey Coelho Bezerra, para falar sobre as ocorrências envolvendo torcidas organizadas que aconteceram ao longo deste ano. “No ano de 2023, foram registradas 9 ocorrências de ataques e emboscadas envolvendo torcidas organizadas de clubes da capital. Destas nove, seis já realizaram operações concluídas com cerca de 40 prisões e três estão com a investigação em curso”, diz o Major.

Além dos casos apresentados pelo subcomandante, responsável pelo policiamento em dias de jogos em Goiânia, ele também falou sobre os métodos que a Polícia Militar utiliza para lidar com as torcidas organizadas durante os eventos futebolísticos da cidade: “Todas as torcidas organizadas dos clubes de Goiás são obrigadas a manter o cadastro atualizado anualmente de todos os seus membros. Nesse cadastro, o membro da Torcida Organizada é obrigado a fornecer todos os dados pessoais, endereço residencial, profissão e endereço do trabalho. Caso algum membro da torcida organizada se envolva em um crime, desse através do cadastro e da rede de informações que o BEPE possui, realizamos de forma muito rápida a identificação, a qualificação na maioria dos crimes e a prisão desses indivíduos”, relata Wildey Coelho Bezerra.

Para garantir a segurança dos torcedores que não fazem parte das torcidas organizadas, a Polícia Militar conta com a ajuda do BEPE, Batalhão de Choque, Cavalaria e viaturas do Comando do Policiamento da Capital no policiamento externo e fiscalização nos terminais de ônibus das regiões periféricas até a chegada ao estádio: “Essa metodologia de policiamento aplicada pelo BEPE durante os grandes eventos de futebol tem permitido praticamente zerar as ocorrências com emprego de violência dentro dos estádios e em suas adjacências”, diz o Major.

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