Polícia indicia pastores por venda ilegal de igreja em Goiânia

Os fiéis afirmam que ajudaram na compra de vários itens, como aparelhos de som e bancos. Os envolvidos negam o crime

Postado em: 30-08-2018 às 15h05
Por: Katrine Fernandes
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Os fiéis afirmam que ajudaram na compra de vários itens, como aparelhos de som e bancos. Os envolvidos negam o crime

Da redação

Dois pastores foram indiciados pela polícia civil por estelionato na venda ilegal de uma igreja evangélica, em Goiânia.Segundo informações eles teriam fraudado uma assembleia para autorizar a comercialização do imóvel com todo o mobiliário alegando, no entanto, que haveria somente uma união entre os dois templos. Os fiéis afirmam que ajudaram na compra de vários itens, como aparelhos de som e bancos. Os envolvidos negam o crime. 

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A investigação teria começado em março deste ano após denúncia dos próprios fiéis. De acordo com o delegado  Isaías Pinheiro, responsável pelo caso, em 2013, o pastor Valtuir Martins Ferreira vendeu a Igreja Batista da Vila União para o bispo Gilmar Martins, que representava a Igreja Luz Para os Povos, no mesmo setor. No entanto, eles não trataram o negócio como uma venda. 

“Houve o golpe, o estelionato. O pastor vendeu a igreja de ‘porteira fechada’, inclusive com os fiéis. Ele fez uma reunião e os induziu ao erro, dizendo que não estava vendendo a igreja alegando que haveria apenas uma união entre os dois templos”, explica.

O delegado, acredita que os religiosos agiram em cumplicidade, pois o imóvel, com tudo que havia dentro, é avaliado em cerca de R$ 400 mil, mas a venda foi concretizada por somente R$ 80 mil.

Os dois envolvidos negaram as acusações. Valtuir disse que assumiu a Igreja Batista em 1997 e que em 2001, uma assembleia decidiu pela união com a Igreja Luz Para os Povos. A documentação foi chancelada em 2013. No entanto, o pastor afirmou que não houve, de fato, uma venda e que ninguém pagou ou recebeu dinheiro na situação.

Já Gilmar afirmou apenas que a união entre as duas igrejas foi feita conforme o que está previsto em lei. Desde que a negociação foi concretizada, a igreja está fechada e não recebe mais celebrações.  

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