Mulher que seduziu o amante para matar o marido é condenada a 20 anos de prisão, em Goiânia
Alejandro Algaranaz Mendonza foi morto a golpes de faca em 19 de junho de 2021, em uma emboscada planejada pela então esposa, Hallerrandra Kerly Lamounier, e o amante dela
Por: Ícaro Gonçalves
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Um casal de amantes foi condenado pela morte de um comerciante boliviano em Goiânia. Alejandro Algaranaz Mendonza foi morto a golpes de faca em 19 de junho de 2021, em uma emboscada planejada pela então esposa, Hallerrandra Kerly Lamounier, e o amante dela, Anderson Rocha Silva.
Segundo narra a decisão da 2ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri, Anderson tinha 19 anos na data do crime e trabalhava como funcionário no comércio de Alejandro e Hallerrandra. No decorrer do tempo, Anderson iniciou um relacionamento extraconjugal com a patroa.
Foi então que Hallerrandra e o amante criaram um plano para manter o relacionamento e “tirar” o marido de cena, de modo que pudessem ficar com a casa e outros bens da vítima.
Crime
No dia do crime, Hallerrandra Lamounier deixou a porta de acesso a casa aberto e as câmeras de monitoramento interno desligadas. Anderson, então, entrou da residência e tentou tirar a consciencia de Alejandro com um pano embebido de tiner.
A vítima, no entanto, reagiu. Foi nesse momento que Anderson, armado com uma faca, começou a desferir diversos golpes no comerciante, levando-o a morte.
Condenação
A decisão foi divulgada na segunda-feira (16). Hallerrandra Kerly Lamounier foi condenada a 20 anos de prisão e Anderson Rocha Silva foi condenado a 10 anos 1 mês de prisão.
“A ré agiu frivolamente tramando contra a vida de seu marido, com a finalidade de eliminá-lo e continuar sua aventura amorosa, e para tanto utilizou da inexperiência do corréu, que se mostrava apaixonado, manipulável, e atendia aos caprichos da ré”, narrou a decisão do juiz Lorival Machado.
“Diante das circunstâncias fáticas, embora o corréu seja plenamente capaz e com plena consciência de sua conduta e suas consequências, exerceu a ré influência sobre sua pessoa, e tinha total domínio do fato, e poderia, se assim o quisesse, conter a ação criminosa do corréu”, destacou outro trecho.
A defesa de Hallerrandra Kerly que vai recorrer do decisão.