Mulher que seduziu o amante para matar o marido é condenada a 20 anos de prisão, em Goiânia

Alejandro Algaranaz Mendonza foi morto a golpes de faca em 19 de junho de 2021, em uma emboscada planejada pela então esposa, Hallerrandra Kerly Lamounier, e o amante dela

Postado em: 17-10-2023 às 12h05
Por: Ícaro Gonçalves
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Alejandro Algaranaz Mendonza foi morto a golpes de faca em 19 de junho de 2021, em uma emboscada planejada pela então esposa, Hallerrandra Kerly Lamounier, e o amante dela | Foto: Reprodução

Um casal de amantes foi condenado pela morte de um comerciante boliviano em Goiânia. Alejandro Algaranaz Mendonza foi morto a golpes de faca em 19 de junho de 2021, em uma emboscada planejada pela então esposa, Hallerrandra Kerly Lamounier, e o amante dela, Anderson Rocha Silva.

Segundo narra a decisão da 2ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri, Anderson tinha 19 anos na data do crime e trabalhava como funcionário no comércio de Alejandro e Hallerrandra. No decorrer do tempo, Anderson iniciou um relacionamento extraconjugal com a patroa.

Foi então que Hallerrandra e o amante criaram um plano para manter o relacionamento e “tirar” o marido de cena, de modo que pudessem ficar com a casa e outros bens da vítima.

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Crime

No dia do crime, Hallerrandra Lamounier deixou a porta de acesso a casa aberto e as câmeras de monitoramento interno desligadas. Anderson, então, entrou da residência e tentou tirar a consciencia de Alejandro com um pano embebido de tiner.

A vítima, no entanto, reagiu. Foi nesse momento que Anderson, armado com uma faca, começou a desferir diversos golpes no comerciante, levando-o a morte.

Condenação

A decisão foi divulgada na segunda-feira (16). Hallerrandra Kerly Lamounier foi condenada a 20 anos de prisão e Anderson Rocha Silva foi condenado a 10 anos 1 mês de prisão.

“A ré agiu frivolamente tramando contra a vida de seu marido, com a finalidade de eliminá-lo e continuar sua aventura amorosa, e para tanto utilizou da inexperiência do corréu, que se mostrava apaixonado, manipulável, e atendia aos caprichos da ré”, narrou a decisão do juiz Lorival Machado.

“Diante das circunstâncias fáticas, embora o corréu seja plenamente capaz e com plena consciência de sua conduta e suas consequências, exerceu a ré influência sobre sua pessoa, e tinha total domínio do fato, e poderia, se assim o quisesse, conter a ação criminosa do corréu”, destacou outro trecho.

A defesa de Hallerrandra Kerly que vai recorrer do decisão.

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