Estudantes da UFG denunciam sucateamento da faculdade de informação e comunicação

Os estudantes da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) da Universidade Federal de Goiás (UFG) realizaram uma Assembléia Geral na manhã desta quinta-feira (19). Representantes dos centros acadêmicos de Biblioteconomia, Gestão da Informação, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas estiveram presentes. Tantos os alunos de graduação quanto os de pós-graduação reivindicaram melhorias na faculdade como um todo em virtude do sucateamento ao qual são vítimas.

De acordo com os estudantes, a situação em que se encontram os cursos da FIC não é de agora. Conforme denunciaram durante a Assembléia Geral, o sucateamento vem só aumentando nos últimos anos. Além disso, os discentes ressaltaram que a administração e a direção não estiveram presentes e também não se mobilizaram a divulgar ou apoiar a mobilização. Ademais, também não se propuseram a ouvir a demanda dos alunos e articular soluções a curto e longo prazo.

Denúncias dos estudantes

Durante a Assembléia, os estudantes expuseram que há poucos professores na faculdade e alguns ainda são transferidos para atuarem na reitoria da universidade. Por conta disso, alguns docentes são sobregarregados e muitas disciplinas não são ofertadas. Segundo os alunos, isso interfere no andamento dos cursos e impossibilita a formação no tempo previsto. Além disso, os discentes destacaram que a maioria deles precisa consciliar os estudos com o trabalho a fim de se manter financeiramente.

Contudo, há algumas disciplinas sendo ofertadas tanto no período matutino quanto no vespertino, prejudicando a maioria trabalhadora. Para mais, os estudantes pontuaram sobre a ausência de um atendimento médico de emergência no Campus Samambaia da UFG. A denúncia ocorreu após um aluno que cursa Relações Públicas ter passado mal recentemente e não ter recebido nenhuma assistência médica. Outra reclamação dos discentes diz respeito ao transporte coletivo.

Atualmente, o benefício do Bilhete Único do Cartão Fácil, disponibilizado pela Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC) de Goiânia, permite realizar 4 integrações após o 1° embarque por um período de 2h30min. Porém, o Passe Livre Estudantil não possui esse auxílio. Como o Campus Samambaia da UFG, onde se localiza a FIC, se encontra na extremidade norte da capital goiana, muitos estudantes precisam embarcar em dois ou mais ônibus e estão sendo cobrados por cada embarque.

Rádio Universitária

Uma das principais denúncias dos estudantes da Faculdade de Informação e Comunicação da UFG é a falta de espaço que recebem na Rádio Universitária. Segundo denúncia do Centro Acadêmico de Jornalismo – Consuelo Nasser, o local deveria ser destinado para o aprendizado dos alunos, mas isso não está acontecendo. Pelo contrário, a produção realizada pelos discentes está sendo colocada em segundo plano.

Dessa forma, os estudantes temem pela perda de laboratórios que são de extrema importância. Tratam-se das primeiras experiências profissionais no jornalismo. Segundo o CAJ, os programas destinados para os estudantes estão sendo colocados em canais alternativos, fora da transmissão de rádio. Por exemplo, o “Doutores da Bola”, um programa de transmissão esportiva, está em streaming secundário no site.

Além disso, há outros programas como o “Estação Esportiva”, o “Goiáscast” e a revista eletrônica “Matéria Prima”, com quadros envolvendo cultura e artes. Atualmente, os alunos de jornalismo temem que a Rádio remova todos esses programas que são destinados para os estudantes. Por isso, reivindicam a permanência de uma Rádio Universitária para os universitários.