Equatorial Goiás tem mais de 350 reclamações no site Reclame Aqui somente em outubro

Ao longo dos últimos meses, os goianos têm enfrentado sucessivas quedas de energia, o que tem causado prejuízos a moradores e empreendedores. Nesta sexta-feira (20/10), o jornal O Hoje apurou o volume de reclamações contra a Equatorial Goiás no site Reclame Aqui e verificou que, somente em outubro, a empresa recebeu mais de 350 reclamações.

Esta informação corrobora os dados divulgados pelo Procon Goiás sobre o alto número de pedidos de ação contra a empresa durante longos períodos de tempo. Nos de agosto e setembro, a empresa recebeu mais de 270 reclamações diretamente pelo sistema do órgão público.

Do volume registrado no Reclame Aqui, mais de 200 pedidos ainda não foram respondidos. Muitos destes requerimentos incluem cidades do interior com donos de estabelecimentos que necessitam de constantes suprimentos de energia elétrica para permanecerem operantes, como restaurantes, frigoríficos e estúdios de música. Outros pedidos são de consumidores a dias sem energia elétrica com reclamando da suposta má prestação de serviço. 

A resposta da empresa para a alta demanda veio no final de setembro em uma conferência com o presidente da sede de Goiás, Lener Jayme, comentando que a infraestrutura elétrica do estado está em um estado precário. Além disso, a Equatorial informou ter feito um investimento de R$ 1,5 bilhão para o aprimoramento da rede goiana. Contudo, as constantes quedas de energias que assolam o estado e a capital simbolizam também a queda de confiança na concessionária, tanto por parlamentares, quanto pela população.

Ação executiva

Após dez meses de nova gerência, moradores ainda possuem lembranças ‘infelizes’ com a antiga superintendência energética do estado, a Enel. Esta insatisfação se estende também para parlamentares do estado. No dia 2 de outubro, executivos da empresa prestaram esclarecimentos quanto a natureza do serviço feito no estado a pedidos de deputados da Assembleia Legislativa. Um dos avisos que circulam em meio a discussão é uma possível Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a Equatorial para investigar mais a fundo todas as ações prestadas pela empresa.

Sobre isso, foi feito um pedido parecido pelo Procon de Goiás com o mesmo pedido de esclarecimento no dia 5 de outubro por uma “má prestação de serviço”, como diz o órgão público. O prazo para tal esclarecimento se deu para 20 dias sob pena de multa de até R$ 11 milhões para a não adesão do comprimento. 

A equipe do O Hoje entrou em contato com a Equatorial para ouvir a defesa da empresa declara atender as demandas. Confira:

“A companhia informa que nos últimos seis meses respondeu todas as reclamações registradas no Reclame Aqui, com tempo médio de resposta de 1 dia e 10 horas. A distribuidora esclarece que tem demandas em tratamento referentes a este mês e destaca que não se trata de passivo, mas questionamentos que passam pelo fluxo regular de resposta,”, ressalta a comunicação da empresa.