Setembro Verde busca sensibilizar população para doação de órgãos

Lançada iniciativa que tem o propósito de conscientizar e incentivar as famílias a autorizarem a doação de órgãos

Postado em: 04-09-2018 às 14h30
Por: Fernanda Martins
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Lançada iniciativa que tem o propósito de conscientizar e incentivar as famílias a autorizarem a doação de órgãos

Da Redação

Gestores, profissionais de saúde, representantes de entidades civis e componentes da população reuniram-se na manhã desta segunda-feira, 3 de setembro, em uma solenidade em favor da vida. A campanha Setembro Verde, realizada internacionalmente com o propósito de conscientizar e incentivar as famílias a autorizarem a doação de órgãos em benefício do próximo, foi lançada no Auditório Luiz Rassi, no Hospital Estadual Geral de Goiânia Alberto Rassi (HGG). 

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O secretário de saúde de Goiás, Leonardo Vilela, destacou a importância da iniciativa para a sensibilização das famílias para a doação de órgãos e tecidos. “Temos alcançado avanços significativos na quantidade de doações, mas precisamos avançar ainda mais para garantir a dignidade e melhoria da qualidade de vida das pessoas que necessitam dos transplantes”, assinalou.

De acordo com o secretário, estão sendo adotadas providências para que em breve haja a realização de transplante cardíaco na rede pública em Goiás. 

Segundo o gerente da Central Estadual de Notificação, Captação e Doação de Órgãos de Goiás (CNCDO), Fernando Castro, a campanha Setembro Verde, em sintonia com o trabalho de sensibilização das famílias realizado ao longo do ano pela equipe da Central, tem contribuído para o aumento do número de doadores.

O número de doações efetivas de múltiplos órgãos no Estado saltou de 17, em 2010, para 71, no ano passado – mais de 400% de aumento –, segundo dados da CNCDO. Esse resultado deve-se, segundo a Central, ao constante trabalho de capacitação das equipes de saúde e aos exigentes cuidados fornecidos aos pacientes antes, durante e após o diagnóstico de morte encefálica (ME), em conformidade com a legislação.

Fernando Castro acentua que o transplante significa, para quem o recebe, a retomada de melhor qualidade de vida, no momento extremamente comprometida pela doença que o levou para uma fila de espera para o procedimento.

A professora aposentada Florita Duarte Vitor, de 56 anos, também comemora a retomada da qualidade de vida após a realização de um transplante cardíaco, feito em 2016 no Instituto do Coração do Distrito Federal. Ela conta que o problema cardíaco, congênito, manifestou-se em 2010. Desde então, ela apresentou uma piora significativa e crescente em seu estado de saúde. “Eu sentia muito cansaço. Precisava de ajuda até para vestir roupa”, sublinha. O transplante, para a professora aposentada, significou um renascimento, o retorno á vida. Atualmente, Florita Duarte participa de iniciativas voltadas à conscientização da população sobre a importância da doação, como o Setembro Verde.

A mesma determinação de participar de iniciativas em prol da doação de órgãos é demonstrada pela técnica em enfermagem Ana Abadia dos Santos Souza, de 49 anos. Em 2009, ela e o marido decidiram doar os órgãos do filho, Rafael dos Santos Souza, de 2 anos e 2 meses, morto por atropelamento ocorrido no Bairro Goiá. Em meio à dor sofrida pela morte violenta e precoce da criança, o casal proporcionou vida, saúde e dignidade a pessoas que se beneficiaram com os rins, fígado e córneas da criança. “É gratificante saber que os órgãos do meu filho estão fazendo outras pessoas felizes”, acentua Ana Abadia. 

 

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