Mãe denuncia troca de corpo de recém-nascido no SVO de Luziânia
Troca de bebês gera angústia e revolta, enquanto famílias buscam respostas e autoridades investigam falhas no Serviço de Verificação de Óbito em Luziânia.
Por: Luana Avelar
Tamires Oliveira Santos, residente em Luziânia, está denunciando a troca do corpo de seu recém-nascido no Serviço de Verificação de Óbito (SVO). Ao comparecer para identificar o corpo de seu filho, foi informada de que ele já havia sido enterrado por outra família.
“Eu me dei alta pra dar um enterro digno pro meu filho, eu chego pra reconhecer o corpo do meu filho no SVO e meu filho não tá lá mais, meu filho já tá enterrado, foi enterrado por uma família que eu não sei quem é”, desabafou.
O caso agora está sendo investigado pela Polícia Civil, que está conduzindo as investigações no 1º Distrito Policial de Luziânia.
A família que reconheceu o bebê errado também procurou a delegacia para relatar sua perspectiva da situação. A mãe do outro bebê afirmou que identificou o corpo visualmente através de um vidro, sem suspeitar que não se tratava de seu filho.
De acordo com Douglas Westphal, diretor do SVO, o reconhecimento visual é a prática padrão no serviço. Entretanto, a semelhança entre duas crianças com pesos similares, nascidas na mesma época, tornou a distinção uma tarefa difícil. “Duas crianças de 1,3 kg, mais ou menos, nascidas na mesma época, uma nasce morta e outra morre logo que nasce, a característica delas é muito parecida”, disse.
A Prefeitura de Luziânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, emitiu uma nota de pesar e se solidarizou com as famílias envolvidas. No entanto, esclareceu que o reconhecimento dos corpos de pessoas falecidas é uma responsabilidade exclusiva das famílias.
