Mãe condenada por matar recém-nascida é presa novamente

Apesar de sentenciada por júri popular a 18 anos pelo homicídio, ela foi inocentada da acusação de ocultação de cadáver e ganhou o direito de recorrer em liberdade

Postado em: 05-09-2018 às 06h00
Por: Fabianne Salazar
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Apesar de sentenciada por júri popular a 18 anos pelo homicídio, ela foi inocentada da acusação de ocultação de cadáver e ganhou o direito de recorrer em liberdade

Após decisão do juiz Jesseir Coelho de Alcântara, a professora Márcia Zacarelli, condenada pela morte da filha recém-nascida que teve o corpo escondido por cinco anos no escaninho do prédio onde morava, em Goiânia, foi presa novamente. Apesar de sentenciada por júri popular a 18 anos pelo homicídio, ela foi inocentada da acusação de ocultação de cadáver e ganhou o direito de recorrer em liberdade. Porém, de acordo com o magistrado, a ré e a defesa deixaram de obedecer determinações que constam nos autos.

Márcia foi detida em seu apartamento na noite de segunda-feira (3) e levada para a Casa de Prisão Provisória (CPP), em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da Capital.

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O juiz entendeu que Márcia, mesmo estando em liberdade, “não providenciou enterro digno aos restos mortais de sua filha”, que estão há mais de dois anos no Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia. Além disso, conforme Alcântara, a defesa de Márcia, apesar de intimada, não se manifestou sobre o sepultamento da vítima. “Isso considerou um desrespeito à determinação judicial e um ato protelatório também. Esse direito que é concedido a um condenado [de recorrer em liberdade] não significa que ele pode fazer tudo que bem entender, não”, disse o juiz. A defesa afirma que irá entrar com pedido de revogação da prisão.

Márcia Zaccarelli foi condenada no último dia 1º de agosto a 8 meses de prisão pela morte da filha e foi absolvida da acusação de esconder o corpo da bebê no escaninho do prédio durante cinco anos. A mulher chegou a ser presa, em agosto de 2016, quando o ex-marido encontrou o corpo do bebê, e, após ser detida, confessou em vídeo que a matou e escondeu o cadáver no local, versão mudada por ela no dia do julgamento. Ela ficou 51 dias presa e, há dois anos, responde ao caso em liberdade.

A professora deu à luz uma menina no dia 15 de março de 2011. A filha, segundo consta no processo, foi fruto de um relacionamento extraconjugal com um colega de trabalho.  

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