Envelhecimento em Goiânia é maior do que médias estadual e nacional

IBGE aponta que aumento é positivo, já que demonstra melhorias e evolução da sociedade

Postado em: 30-10-2023 às 07h40
Por: Alexandre Paes
Imagem Ilustrando a Notícia: Envelhecimento em Goiânia é maior do que médias estadual e nacional
IBGE aponta que aumento é positivo, já que demonstra melhorias e evolução da sociedade | Foto: Reprodução

O índice de envelhecimento em Goiânia é maior do que as médias estadual e nacional. São 57 idosos goianienses para cada 100 crianças. Em Goiás, esse índice é de 45,3, enquanto no Brasil é 55,2. A população idosa em Goiás aumento mais de 6% nas últimas quatro décadas. É o que apontam os últimos dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a pesquisa, a quantidade de pessoas de 65 anos ou mais saltou de 2,8% em 1980 para 9,2% em 2022.

Ainda em Goiás, onde vivem 7 milhões de pessoas, são mais de 630 mil com 65 anos ou mais, ou seja 9%. Na capital, em que há 1,4 milhão de moradores, mais de 147 mil tem 65 ou mais. Ainda sobre Goiás, dos 903 centenários vivendo no estado, 322 são homens, 581 são mulheres e 171 vivem em Goiânia. No Brasil são 37 mil as pessoas com mais de 100 anos.

O município com o maior índice de envelhecimento no estado, contudo, é Amorinópolis (135,3). Já o que apresenta menor percentual de envelhecimento é Chapadão do Céu (14,0), no sudoeste goiano. Goiânia, porém, apresentou um índice superior ao estadual e nacional, ou seja, 57%. Segundo o IBGE, isso mostra que, mesmo com vários municípios com índices altos, os municípios do interior pressionam para o menor índice geral do estado.

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Em entrevista a rádio CBN Goiânia, o superintendente do órgão em Goiás, Edson Roberto, apontou dois fatores que contribuíram para esse envelhecimento populacional, que foram o aumento da expectativa da vida da população, com as melhorias no sistema de saúde, como por exemplo, e a redução da taxa de nascimento de crianças.

Edson Roberto ressaltou que esse aumento é positivo, já que demonstra melhorias e evolução da sociedade. No entanto, isso também significa que, cada vez mais, o poder público vai precisar dar atenção e gerenciar o envelhecimento da população. Principalmente, por conta do sistema de previdência social.

O índice de envelhecimento mostra a relação de idosos de 65 anos ou mais de idade em relação à população de 0 a 14 anos. Quanto maior o valor do indicador, mais envelhecida é a população. Esse índice chegou a 45,3 em 2022 para Goiás, indicando haver 45,3 idosos para cada 100 crianças. Em 2010, esse índice era de 26,1, evidenciando o processo de envelhecimento da população na unidade da Federação.

O estreitamento da base da pirâmide e o alargamento do seu topo são fluxos que caracterizam uma população em envelhecimento e resultam da relação entre o processo de redução da fecundidade e mortalidade e variação do saldo migratório da população, ao longo dos anos. Os resultados mostraram que 181 municípios goianos possuíam percentuais de população de 65 anos ou mais superiores a 10%, inclusive a capital (10,3%), e que apenas três municípios apresentavam percentuais inferiores a 5%, Valparaíso de Goiás (4,7%), Águas Lindas de Goiás (4,0%) e Chapadão do Céu (3,6%).

Envelhecimento no País 

Em 2022, o total de pessoas com 65 anos ou mais no país (22.169.101) chegou a 10,9% da população, com alta de 57,4% frente a 2010, quando esse contingente era de14.081.477, ou 7,4% da população. É o que revelam os resultados do universo da população do Brasil desagregada por idade e sexo, do Censo Demográfico 2022. Esta segunda apuração do Censo mostra uma população de 203.080.756 habitantes, com 18.244 pessoas a mais do que na primeira apuração.

“Após a divulgação dos primeiros resultados foi necessário realizar, pontualmente, alguns procedimentos de revisão, que acarretaram nessa diferença ínfima em termos percentuais”, explica o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte. Em relação aos resultados do Censo 2022 divulgados anteriormente, 566 municípios sofreram alteração de população.

O aumento da população de 65 anos ou mais em conjunto com a diminuição da parcela da população de até 14 anos no mesmo período, que passou de 24,1% para 19,8%, evidenciam o franco envelhecimento da população brasileira.

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