Confira trajetória do Colégio Lyceu pré-reforma 

O colégio mais antigo de Goiânia está para receber uma renovação e reforma educacional com financiamento do estado de Goiás. A instituição data desde a era imperial e acompanhou a mudança administrativa da capital da Cidade de Goiás para Goiânia. Para haver uma maior noção desta trajetória, iremos acompanhar sua ascensão como instituição das elites imperiais bem como a atualidade.

Fundado em 1846 na Cidade de Goiás, ainda sob o reino imperial de Dom Pedro II, era a única instituição que oferecia o Ensino Médio em toda a província. Grande parte da população nesta época vivia nos litorais com pouca oportunidade de evolução acadêmica além de atividades extrativistas. Sendo a única a oferecer o ensino médio, aglomerou grande parte da elite goiana nesta época.

Com a república e a mudança da capital Goiana em 1933, Pedro Ludovico ajudou a trazer a instituição para a nova cidade, sendo inaugurada em 1937. Três anos depois a “Marcha para o Oeste” foi anunciada pelo então presidente Getúlio Vargas em Goiânia com a inauguração da cidade. Já nesta época, era uma das portas de entrada para a Universidade Federal de Goiás (UFG). Foi base educacional de personalidades políticas em Goiás como o ex-governador e ex-prefeito Iris Rezende, ex-governador Alcides Rodrigues e o ex-ministro Henrique Meirelles. 

Contudo, mesmo com este leque histórico e de personalidades, sofreu com a degradação do tempo desde a infraestrutura até a opinião pública. Junto a isso, com o aumento da preferência de colégios particulares aos públicos, o levou ao esquecimento de sua preferência. 

Desde 2021 entretanto, se tornou um colégio de tempo integral para fomentar a escolha para futuros alunos adentrarem. Hoje, mesmo com perfil bom, sendo o 54º melhor colégio do estado, ainda sofre com infraestrutura antiga.

A possível re-ascensão 

Em 30 de outubro de 2023, o governo de Goiás assinou o projeto decisivo para o futuro da instituição de ensino. Um dos objetivos é a renovação do edifício inteiro, voltando com a sua estrutura original, até à sua cor, a primeira desde a sua inauguração. O motivo da demora é o tombamento em 2003 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

 Este investimento de mais de R$ 13 milhões também prevê a ampliação do colégio, voltando a ter educação bilíngue. Após a conclusão da reforma, parte do plano de ensino contará com aulas de francês. De acordo com Ronaldo Caiado (UB), essa mudança vem com a parceria do estado com a embaixada francesa e o consulado francês. 

Em fala do dirigente, está a oportunidade de imersão em francês na França. “Para que os alunos que se destacarem aqui ao concluir o ensino médio possam ir para a França fazer imersão na língua francesa. Depois de tantos anos, esse colégio voltará às suas origens, que é o Lyceu, um colégio francês”.