Investigação revela casos de violência e morte em clínica de recuperação em São Paulo

Localizada na região metropolitana de São Paulo, a clínica Kairós enfrenta uma séria investigação policial após a morte de Onezio Ribeiro Pereira Júnior, que apresentou sinais alarmantes de estrangulamento e espancamento. A ocorrência desencadeou uma investigação mais ampla, revelando suspeitas de tortura, lesão corporal e pelo menos dois outros óbitos em diferentes unidades da rede.

A investigação, conduzida pela Polícia Civil, também revelou informações sobre o proprietário da clínica Kairós, Ueder Santos de Melo. Descobriu-se que o empresário, responsável pela fundação da primeira unidade em 2017, possui um histórico criminal marcado por assalto à mão armada no estado do Paraná. Atualmente em regime aberto, Melo foi preso em outubro deste ano em conexão direta com o caso de Onezio. Além do proprietário, oito funcionários da clínica também foram detidos temporariamente.

Ex-pacientes também relatam um ambiente de violência e tortura nas clínicas Kairós, onde espancamentos eram frequentes e internações involuntárias eram realizadas sem o devido consentimento. As denúncias estão sendo investigadas, uma vez que violações graves da legislação são aparentes. A lei exige autorização familiar e laudo médico para internações desse tipo, e as clínicas devem notificar o Ministério Público em até 72 horas para justificar a medida. A segurança e o bem-estar dos pacientes em processos de reabilitação devem ser prioridade, e é fundamental que as investigações sejam conduzidas minuciosamente para assegurar esses direitos fundamentais.