Polícia ouve novas testemunhas para entender sumiço de Pedro Lucas

O misterioso caso de desaparecimento de Pedro Lucas, de 9 anos, continua sem solução. O menino está desaparecido desde o dia 1 de novembro, quando foi levar o irmão até a escola. Após isso, Pedro Lucas não foi mais visto por ninguém. No primeiro momento a família de Pedro Lucas pareceu não se preocupar com o sumiço do garoto, pois eles foram procurar a polícia depois de quatro dias, após o desaparecimento. Segundo imagens coletadas pela Polícia Civil, é possível ver Pedro Lucas voltando da escola, no dia em que desapareceu (1 de novembro).

Em depoimento, a família do garoto diz não ter acionado a polícia logo de imediato porque pensaram que Pedro Lucas podia estar na casa da avó. Mas após uma investigação da Polícia Civil, ficou comprovado uma inverdade na versão apresentada pela família, pois a avó do menino estava viajando e a mãe e o padrasto do menino sabiam disso. No segundo momento a família confirmou que tinham mentido sobre essa versão, mas alegaram que só mentiram para justificar a demora de terem feito a ocorrência e por medo de perderem a guarda da filha de 1 ano e 9 meses.

A família também revelou que fizeram uma procura pelo garoto em locais que ele costuma ir, antes de comunicarem a polícia sobre o desaparecimento. Segundo a mãe de Pedro Lucas, o menino não tinha o costume de sumir desse modo, o máximo que ele fazia era ficar muito tempo na rua e depois ia para a casa da avó para amenizar uma possível bronca.

Em entrevista com o delegado Adelson Canedo, a reportagem do jornal O Hoje soube que Pedro Lucas e os irmãos já tinham passado por uma casa de acolhimento ainda neste ano, em junho, após um episódio de violência doméstica do padrasto contra a mãe. Conforme foi relatado no boletim de ocorrência, o padrasto teria ameaçado a mãe do garoto com uma faca. Nessa ocasião a filha de 1 ano e 9 meses acabou ficando ferida. A polícia foi acionada e compareceu à residência do casal e as crianças. No momento em que chegaram à casa, o padrasto teria se livrado da arma branca, jogando-a do outro lado do muro. Além da polícia, o Conselho Tutelar também foi acionado e as crianças foram levadas para uma casa de abrigo, em Rio Verde.

Nesta semana o padrasto do menino demonstrou interesse em encontrá-lo e pediu mais pistas sobre o caso que já está desaparecido há 15 dias. O padrasto alegou que ele e a esposa estão abalados com a situação e também que não esperavam por isso.

Uma força-tarefa foi criada para procurar o garoto. As buscas contaram com a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, com apoio da Polícia Civil e da Polícia Técnico-Científica. A procura foi feita em uma região de mata, o local é um ponto de água corrente que fica em meio a uma mata, próximo da casa da família. Na região os cães farejadores identificaram o cheiro do menino, mas ele não foi encontrado. As buscas pelo menino foram interrompidas na última sexta-feira (10). Segundo informações da Polícia Civil, no decorrer desta semana serão ouvidos o pai biológico do menino, um senhor que alega ter visto o garoto, uma garota, que é amiga dele e outras pessoas.