MPGO exige a proibição de veículos paus-de-arara após morte de quilombola em Cavalcante
Órgão estabeleceu um prazo de 30 dias para que a prefeitura municipal se adeque às novas regras
Por: Rondineli Alves de Brito

Nesta quinta-feira (16/11), o Ministério Público de Goiás (MPGO) emitiu recomendação pedindo o fim dos caminhões paus-de-arara como forma de transporte público para pessoas em Cavalcante, na Chapada dos Veadeiros. Essa recomendação ocorre após morte de quilombola em acidente.
Em documento publicado pelo MPGO, o órgão estabeleceu um prazo de 30 dias para que a prefeitura municipal se adeque às novas regras contratando veículos para transportar a população em segurança, e pedi a interrupção com urgência dos paus-de-arara em Cavalcante.
Ainda no documento, o Ministério Público Cobra que os veículos oferecidos pela prefeitura tenham bancos com cinto de segurança em quantidade suficiente para todos os passageiros. Além de que os meios de transporte não poderão levar os passageiros em pé e cargas junto.
Úrsula Catarina Fernandes, promotora de Justiça, destacou que é preocupante o modo em que são promovidos os transportes da comunidade quilombola quando precisam se deslocar à zona urbana do município.
No dia (2/11), a quilombola Domingas Fernando de Castro faleceu, aos 52 anos, após sofrer um acidente em caminhão “pau-de-arara” na Chapada dos Veadeiros, em Goiás.
No momento do acidente, o transporte tinha ao menos 15 pessoas amontoadas, que subiam os morros de difícil acesso da comunidade Vão das Almas, em Cavalcante (GO).