Mutirama sem previsão para abrir

Após licitação, três companhias foram contratadas e o gasto total estimado, com reparos, é de R$ 2 milhões e, segundo a Agetul, o prazo é incerto

Postado em: 14-09-2018 às 06h00
Por: Fabianne Salazar

Raunner Vinícius Soares*

O Mutirama, novamente, não tem previsão de abertura devido a manutenção nos brinquedos. De acordo com a Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer, de Goiânia (Agetul), responsável pelo local, as equipes estão concentradas na manutenção desses brinquedos, mas é muito cedo para afirmar que estará tudo pronto para o último prazo, estipulado pelo órgão, que seria entre os dias 12 e 24 outubro.

Os problemas no parque não acabam por ai, o Juiz de direito Fabiano Abel de Aragão determinou o bloqueio de bens do ex-diretor do Mutirama, Jairo Gomes das Neves, no valor de R$ 1,8 milhão. Segundo a decisão, quando o investigado estava à frente da instituição realizou várias despesas com verbas públicas municipais sem a devida prestação de contas.

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Com base no documento, o juiz Fabiano Abel destacou em seu despacho que há forte indícios da prática de improbidade, tendo em vista que ele não apresentou a prestação de contas de sua gestão de forma adequada, bem como deixou de comprovar a legalidade das despesas realizadas enquanto diretor. Atualmente, o parque não está funcionando devido a um acidente com o brinquedo Twister que deixou 13 pessoas feridas, no dia 26 de julho de 2017.

A primeira previsão, depois do trágico acidente, é que o parque seria reaberto na segunda quinzena de abril deste ano. Porém, a Procuradoria-Geral do Município pela Controladoria-Geral do Município recomendou que empresas especializadas fossem contratadas para o serviço devido a falta de capacidade da prefeitura para gerenciar as obras.  Não funcionou durante as férias escolares, no mês de julho, e a última previsão de reabertura foi adiada para outubro.

Após licitação, três companhias foram contratadas e o gasto total estimado, com reparos, é de R$ 2 milhões. Um parque de diversões itinerante chegou a consultar a administração do local para montar os brinquedos no espaço do estacionamento durante as férias escolares, mas devido a burocracia, a empresa desistiu. 

Antes de iniciar esta obra, a Agetul havia informado que os recorrentes atrasos ocorreram devido à burocracia. Em questão de segurança, o órgão fala que essas empresas são de notória especialidade, já tem experiência. A Agetul ainda disse que vai usar um protocolo de manutenção diferenciado. Talvez esse preço um pouco mais caro represente mais segurança. Além da manutenção dos brinquedos, já foram solicitadas as catracas eletrônicas, que serão instaladas no Mutirama, com intuito de evitar fraudes.

Trágico

O acidente com brinquedo no Mutirama que deixou 13 feridos completa quase um ano e dois meses. O acontecimento com o brinquedo Twister deixou 13 pessoas os bombeiros explicaram na época que havia 16 pessoas no brinquedo no momento do acidente, por volta das 13h30. Quando as equipes de socorro chegaram, muitos frequentadores estavam em pânico.

Neste meio tempo, algumas propostas para resolver a situação foram feitas pelos vereadores em Goiânia. Uma delas foi a cogitação da privatização ou a terceirização do parque. O tema foi levantado pelo vereador do Lucas Kitão durante discurso na tribuna da Casa de Leis.

Para o parlamentar, a gestão atual mostra ineficiência para gerir o parque, que teve recentemente a previsão de reabertura adiada para outubro deste ano. (Raunner Vinícius Soares é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)

 

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