Família do menino atacado por sucuri conta que foi ao córrego porque estavam há 3 dias sem água e energia em casa
Criança foi socorrida por PMs que realizavam patrulha próximo do local do ataque.
Por: Daisy Rodrigues
A família de Natanael Bezerra, que foi atacado por uma sucuri às margens de um córrego, contou que eles foram ao local para se refrescarem porque estavam sem água e sem energia por 3 dias em casa, em uma fazenda de Vicentinópolis, no Sul de Goiás.
“Estávamos há 3 dias sem energia e aí a água da caixa acabou”, contou José Natal, o pai da criança de dois anos. O pai é o caseiro da fazenda onde tudo aconteceu. “Estava muito quente lá dentro e ele [Natanael] queria dormir, a gente veio refrescar para ele dormir”, o pai completou.
O ataque aconteceu no último sábado (18) e segundo a mãe do menino, Lorrane Bezerra, a família estava sentada em uma parte rasa do rio quando o filho foi à margem no momento em que a sucuri, que media cerca de 2 metros, enrolou no pé da criança e já foi atacando. A criança chegou a ser mordida pela cobra. A mãe conta que enquanto o pai tentava tirar o animal, ela foi até a casa para pedir ajuda.
“Quando cheguei, vi os policiais passando. Foi Deus que mandou eles. Foi um livramento para o meu filho”, desabafou a mãe.
A criança foi levada a um hospital de Vicentinópolis, cerca de 20 quilômetros da fazenda e não teve ferimentos graves. Segundo a mãe da criança, ele passou a noite reclamando de dor e conta que ele nunca fez isso, e diz que ele está traumatizado e não quer voltar ao córrego.
Resgate
Carlos Diniz, tenente da Polícia Militar (PM), contou que os policiais tentaram ajudar de várias formas e que eles chegaram a conseguir desenrolar parcialmente a cobra, mas a única forma de salvar a vida da criança foi matando o animal.
“A família escutou os gritos da criança. A equipe estava em patrulhamento e ouviu a mãe gritando socorro, enquanto o pai tentava tirar a criança da cobra, que estava enrolada”, detalhou como os policiais chegaram ao local.
O tenente ainda explicou que eles só tentavam salvar o menino. Ele diz que não foi a intenção deles matar o animal e diz que eles queriam que tanto a criança como o animal ficassem vivos.
