Técnica de exame revela quase tudo sobre saúde do pulmão

Um evento do Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) reuniu diversas pessoas na Praça Abrão Rassi, em Goiânia, que precisavam fazer exames de rotina como atendimento multidisciplinar gratuito, aferição de pressão, teste de glicemia e exame de espirometria, exame capaz de identificar Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) – doença pulmonar que obstrui as vias aéreas e dificulta a respiração do paciente.

A falta de ar ao fazer esforços ou até mesmo atividades mais simples do dia a dia,como trocar de roupas ou tomar banho; pigarro, tosse crônica, tosse com secreção e que piora pela manhã são sintomas comuns da DPOC, segundo especialistas.

Mariso Ferreira Sandes, 53 anos, trabalhador autônomo aproveitou o mutirão para colocar os exames em dia. Ele fez exames de diabetes, mediu a pressão arterial e fez o exame de espirometria – que mede a quantidade de ar nos pulmões ao inspirar e expirar, bem como a velocidade com que esse processo é realizado.

A glicemia e pressão arterial de Mariso estavam normais, porém, o exame de espirometria mostrou uma alteração no pulmão do homem que há 20 anos não fuma.  “Depois que ele usou a bombinha, o bronco dilatou, gerando um aumento da capacidade respiratória dele, mostrando que às vezes ele o pulmão dele é mais reativo”, explica a médica pneumologista Simone Lobo Krupok Matias, que deu o diagnóstico do motorista. Um pulmão reativo é aquele que se irrita com facilidade, dependendo das situações que ele é exposto. “Se o tempo esfria, tem cheiro forte, se ele faz esforço maior, os canos desse pulmão, que são os broncos, se fecham mais”, explica.

Agora, Mariso deve procurar um especialista para investigar melhor a situação do seu pulmão, tendo em vista o seu histórico de fumantes, segundo orientação da especialista.

A espirometria é um exame de função pulmonar, que avalia a capacidade respiratória do paciente. “Ele tá indicado principalmente naqueles casos que a gente precisa investigar a falta de ar do paciente, que o paciente aparece com alterações”, explica Simone Lobo. É por meio desse exame que são diagnosticadas doenças como asma, bronquite, enfisema, fibrose, além da DPOC.

São indicados para fazer o exame, aquelas pessoas que têm falta de ar, que o peito “xia”, que tem tóxico a qualquer mudança de temperatura, com cheiro forte, que é a suspeita de asma. A partir dos exames, são solicitados os devidos medicamentos para os tratamentos necessários no Juarez Barbosa, que é uma farmácia de alto custo em Goiás. Esses medicamentos são de alto custo, como é o caso das bombinhas. 

“O exame é feito a partir de técnicas de manobras que são seguidas, onde o profissional orienta o paciente a inspirar profundamente e depois soprar bem profundamente, o máximo que ele conseguir. Esse processo deve durar pelo menos por seis segundos. Após isso, o paciente irá usar a bombinha para fazer o exame. O resultado sai minutos depois e caso o indivíduo tenha fator de risco para doenças respiratórias, o médico o encaminha para tratamentos mais específicos.

Além disso, os participantes do mutirão receberam orientações dos profissionais da enfermagem, fonoaudiologia, nutrição, fisioterapia e psicologia sobre os sinais e sintomas da DPOC, capacidade funcional, dicas de alimentação saudável, além de instruções para abandonar o tabagismo, uma das principais causas das doenças respiratórias.

No caso de Giovanni Carlos Ferreira,  motorista de ambulância, de 74 anos, ele fez três exames, o de fonoaudiologia, teste de diabetes e mediu a pressão arterial. Ele aproveita o trabalho de motorista para colocar a saúde em dia. “Sempre que tem um evento eu venho fazer os exames. Aproveito que já estou aqui”, comenta. Apesar da pressão estar um pouco alterada, os outros exames não mostraram alterações na saúde do homem.