Prevenção e tratamento do melasma são alertas às mulheres

Disfunções hormonais e exposição ao sol, são fatores que causam o surgimento do Melasma

Postado em: 24-11-2023 às 07h00
Por: Ronilma Pinheiro
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O melasma é ocasionado pela disfunção de uma célula que produz a melanina, que são os melanócitos | Foto: Leandro Braz/O Hoje

O melasma é um distúrbio de pigmentação caracterizado pelo surgimento de manchas na pele de tom amarronzado, que no geral, aparecem nas bochechas, na testa e no buço, mas também pode surgir em outras áreas como o colo e os braços. Ele é ocasionado pela disfunção de uma célula que produz a melanina, que são os melanócitos. A explicação é da biomédica e esteticista da clínica de estética Belle  Salute, Wanessa Moreira.

As causas podem ser diversas, podendo ser determinadas por fatores extrínsecos e intrínsecos, ou seja, fatores externos e fatores causados de dentro do organismo, como a predisposição genética, disfunções hormonais, radiação solar, exposição à luz visível também, estresse. “A gestação também pode causar o melasma, que também é conhecido como cloasma gravídico. Nesse caso ele pode ser permanente ou pode ser temporário, dependendo do organismo de cada pessoa”, pontua.

Esse é o caso da gerente Kananda Salles de Paula, de 31 anos, que foi diagnosticada com o melasma após engravidar do primeiro e único filho em 2019. As manchas tomaram conta do rosto da mulher, foi quando ela percebeu que precisava procurar um especialista, cerca de um ano após a gestação.“Depois ficou bem intenso, aí eu corri pra fazer os procedimentos”, relembra.

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Após procurar uma especialista em estética, Kananda descobriu que já tinha um melasma misto: o dérmico e o epidérmico. Com a gestação o problema que não a incomodava acabou se intensificando. Kananda precisou se submeter a cerca de seis meses de tratamentos para então voltar a ter a pele que tinha antes do melasma. Atualmente, a gerente conta que segue fazendo tratamentos e cuidando da pele com frequência.

“Em relação aos fatores extrínsecos, que são os fatores externos, a gente pede para o paciente evitar exposição intensa ao sol”, explica. “Caso seja um paciente que fica muito exposto à luz visível, que é a luz do celular, do computador, da lâmpada, nós orientamos também a utilizar protetor solar com cor”, acrescenta.

No caso das questões hormonais, a especialista também orienta o paciente a procurar um acompanhamento médico de um especialista endocrinologista para poder equilibrar as questões hormonais que podem intensificar o aparecimento do melasma. “Tem alguns despigmentantes orais também que o paciente pode utilizar, que vão agir no controle da produção de melanina, já que o melasma se caracteriza principalmente por uma disfunção na célula”, explica a biomédica. Desse modo, é importante que haja o controle do surgimento de pigmento, ou seja, a produção de pigmento na célula.

As questões hormonais são um dos principais fatores que levam as mulheres a desenvolver o melasma. No caso dos homens, os aspectos extrínsecos são os principais determinantes. “Como já foi mencionado, a questão da disposição intensa ao sol é uma das causa, por isso a importância de ter todos esses cuidados”, comenta.

A especialista ressalta que existem diferentes tipos de melasma, e essa diferenciação é caracterizada pela camada da pele em que o distúrbio se encontra. “Nós temos o epidérmico, onde a melanina está depositada na camada mais superficial. E temos também o dérmico, quando a melanina está localizada na camada mais profunda”, explica. Existem pacientes que podem ter os dois tipos, podendo a pele apresentar  manchas mais profundas e também manchas mais superficiais, como o é o caso de Kananda.

Os tratamentos são realizados a partir de peelings químicos – procedimentos realizados a partir da aplicação de produtos químicos na pele. Ao todo, três procedimentos são os mais comuns: peeling químico, peeling injetável e laser lavieen. Cada um desses tratamentos têm ácidos específicos para cada tipo da doença. “Temos o ácido retinóico que é muito utilizado, o ácido kójico, ácido ferúlico, Esses são ácidos despigmentantes que vão agir no controle da síntese de melanina”, explica.

Outra orientação da especialista é que esses pacientes façam também o uso de despigmentantes orais, ou seja, ativos que vão ajudar no controle da melanina. “Temos o ácido tranexâmico, que é um ácido que nós injetamos diretamente na mancha também para ter esse controle da melanina”. No caso do laser lavieen, ele é utilizado para o tratamento do melasma, agindo na destruição das partículas de pigmento e no controle da melanina.

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