SES-GO faz alerta sobre casos de sífilis em gestantes
O levantamento foi divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), que faz um alerta sobre o crescente número de casos da doença
Por: Ícaro Gonçalves
O número de gestantes goianas diagnosticadas com sífilis chegou a 1.236 entre janeiro e novembro deste ano. O levantamento foi divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), que faz um alerta sobre o crescente número de casos da doença.
Em relação aos casos de sífilis congênita — quando o bebê é infectado por via placentária —, foram registrados 2.270 nos últimos cinco anos, somando 310 casos apenas neste ano. O aumento nos casos pode estar ligado à pandemia de COVID-19, já que as pessoas evitavam buscar atendimento médico, o que dificultava o diagnóstico.
“A sífilis é uma doença infecciosa provocada pela bactéria Treponema pallidum. É principalmente transmitida por via sexual em gestantes e representa um risco sério durante a gestação, resultando em complicações significativas ao feto. O acompanhamento pré-natal desempenha um papel fundamental na identificação precoce da sífilis, possibilitando o início imediato do tratamento”, ressalta o médico Fernando Oliveira Mateus, infectologista pediátrico do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), unidade do Estado de Goiás.
Segundo o profissional, a área da saúde possuí dois tipos de exames fundamentais para o diagnóstico da sífilis: o teste treponêmico e o teste não treponêmico. O teste rápido está disponível em todas as unidades básicas de saúde (UBS). A população pode adquirir e realizar esse exame de forma rápida, com resultado em 30 minutos.
Ações de combate
A SES-GO monitora a doença no Estado por meio da Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis e Coordenação de Vigilância das ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). Desde agosto de 2021 a pasta realiza em Goiás o projeto “Sífilis Não”, com a capacitação nos municípios prioritários, que possui subnotificação. O objetivo principal é eliminar a transmissão vertical da sífilis congênita.
“Assim, implementamos um extenso trabalho de capacitação e observamos resultados positivos, com um aumento significativo nas notificações, o que significa uma melhora na sensibilidade do profissional de saúde para notificar. Notificando casos oportunamente, tratamentos também oportunamente e assim, evitamos a disseminação e a complicação dessa doença, principalmente para gestantes”, assinala a coordenadora de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), Luciene Siqueira Tavares.
Com informações da SES-GO