Policial militar é preso após ser flagrado com câmera e escuta para fraudar concurso da Polícia Civil

O PM Allan Faquini Braga foi preso em flagrante após utilizar câmera e escuta para tentar fraudar uma prova de concurso para peritos no centro da capital paulista.

Postado em: 04-12-2023 às 14h58
Por: Daisy Rodrigues
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O PM Allan Faquini Braga foi preso em flagrante após utilizar câmera e escuta para tentar fraudar uma prova de concurso para peritos no centro da capital paulista. | Foto: Freepik

Um policial militar, de 33 anos, foi preso no último domingo (3) após ser flagrado com uma câmera e uma escuta durante uma prova para um concurso de peritos da Polícia Civil de São Paulo.

Após o flagrante, o policial foi afastado de suas atividades e, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), teve sua arma de fogo recolhida.

O caso ocorreu uma semana após a filha de um policial civil usar o mesmo recurso para fraudar o concurso para investigador na mesma instituição.

Uma fiscal afirmou, em depoimento à Polícia Civil, que durante a prova que o suspeita fazia, um candidato disse ter ouvido um som de rádio, no primeiro período de prova, pela manhã.

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O rapaz estava sentado atrás do policial. Em um primeiro momento, os fiscais acreditaram que o ruído poderia ser do ar condicionado. Já no início da tarde, foi ouvido um som “sutil” de rádio.

Após um período mínimo de permanência na sala, a grande maioria dos concurseiros concluiu o exame e saiu da sala, restando no local poucos candidatos e o soldado da PM. Quando novamente uma fiscal ouviu o barulho de rádio vindo de Allan. Ela, então, pediu apoio.

Prisão

Fora da sala de aula, o policial foi abordado por policiais civis e submetido por detector de metais que acusou a presença de dispositivos no policial militar.

Foram encontrados no policial, uma câmera na região do Tórax, um dispositivo com entrada de pen-drive na cintura e outro equipamento acoplado na gola de trás da camisa, de onde vinha o barulho de “rádio” que as fiscais escutaram.

“Em vão, Allan tentou esconder um dos dispositivos por baixo da cintura; informalmente, ele confessou o delito, alegando tê-lo cometido por desespero, prosseguindo-se em silêncio”, diz trecho do registro feito no 8º DP (Brás).

O celular de Allan foi apreendido e a quebra do sigilo do aparelho solicitada à Justiça, para a polícia identificar outros envolvidos no esquema de fraude de concursos.

Além do afastamento das ruas e do recolhimento da arma, a SSP afirmou que o PM será investigado em um processo administrativo instaurado pela 1ª Delegacia Seccional.

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