Alerta preocupa para risco de epidemia de dengue em 2024 e gera cuidados em canteiros

A capital deve fechar o ano de 2023 com um cenário menos preocupante em relação à dengue, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS)

Postado em: 05-12-2023 às 08h00
Por: Ronilma Pinheiro
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Canteiros de obras em Goiânia mantêm uma rotina de cuidados, que vão desde orientações nos diálogos semanais de segurança à checagem diária do acúmulo de água | Foto:: Divulgação

A volta do sorotipo 3 da dengue no país preocupa especialistas, uma vez que a população tem pouca imunidade para a doença. Com o objetivo de evitar uma possível epidemia, em todo o país são realizadas campanhas e trabalhos de prevenção da dengue. Em Goiânia, canteiros de obras mantêm uma rotina rigorosa de cuidados, que vão desde orientações nos diálogos semanais de segurança à checagem diária do acúmulo de água.

Segundo Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a capital de Goiás deve fechar o ano com um cenário menos preocupante em relação à dengue, este ano de 2023. Os dados mostram que até o dia 13 de novembro, foram notificados 17.786 casos da doença, cinco óbitos confirmados e outros 13 em investigação. No mesmo período de 2022, foram registrados 56.940 casos – entre suspeitos e confirmados – e 58 óbitos já haviam sido confirmados.

Mesmo com a significativa redução dos números da doença, com queda de 65,3% só na quantidade de notificações, não diminui a necessidade de alerta, especialmente após o alerta da Organização Panamericana de Saúde (Opas) de que há um grande risco do Brasil viver uma nova epidemia de casos graves de dengue em 2024.

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Um relatório recente feito pela Opas mostra que já existem registros no país de alguns poucos casos sorotipo 3 do vírus da doença. Dessa forma, torna-se importante a participação da sociedade como um todo no combate aos criadouros do  Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.  

Weder Morais, engenheiro Ambiental e de Segurança do Trabalho, passa o alerta aos trabalhadores dos canteiros de obras onde atua em Goiânia. “Esses cuidados necessários dentro da obra são compartilhados e repassados continuamente, sejam para colaboradores novos ou antigos. E isso é importante porque esse alerta que eles têm no trabalho os fazem lembrar do cuidado  que eles precisam ter em casa e na vizinhança”, afirma Weder, que também é coordenador de segurança do trabalho das obras da Toctao Soluções de Engenharia.

“É necessário sempre estar atento. Por isso, colocamos toda equipe de prontidão e realizamos  orientações constantes sobre o que precisa ser feito”, explica Weder, ao dizer que as ações de controle e checagem na obra são simples, mas precisam de atenção, e esses cuidados devem ser constantes. Além disso, a empresa disponibiliza uma pessoa específica que fica por conta de checar todos os dias os diversos pontos da obra, segundo o engenheiro. “Essa pessoa busca lugares que possam ter acúmulo de água, providenciando o fechamento do recipiente ou então eliminando água que não for usada. Se necessário, fazemos uso de algum inseticida para combater a proliferação do mosquito”, explica. 

Nos canteiros de obras são realizados diálogos semanais de segurança, segundo o engenheiro, onde outras orientações são repassadas e ajudam no combate de criadouros. “Orientamos sobre o descarte correto de copos descartáveis e tampinhas de garrafa, por exemplo, pois tudo pode se transformar em um foco do mosquito”, detalha. 

A analista ambiental da MRV – uma das mais conhecidas construtoras de Goiás -, Jessika Bruna Batista destaca que  o tema é sempre pauta nos canteiros, mesmo não havendo uma epidemia em curso. Segundo ela, o alerta contínuo tem gerado resultados.“Não encontramos focos do  Aedes aegypti  nos nossos canteiros, pois fazemos um controle muito rigoroso, inclusive com tratamento químico”, diz.

Com a chegada do período chuvoso, tanto o trabalho de checagem, quanto as orientações, são intensificados, segundo a analista. “O que é feito semanalmente, passa a ser diário”, finaliza.

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