Um em cada cinco jovens brasileiros não estudava e nem trabalhava em 2022

Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta quarta-feira (6/12) pelo IBGE

Postado em: 06-12-2023 às 10h43
Por: Ícaro Gonçalves
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Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta quarta-feira (6/12) pelo IBGE | Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O número de jovens com idade entre 15 a 29 anos que não estudavam nem estavam ocupados em 2022 foi de 10,9 milhões, o que corresponde a 22,3% dessa parcela da população brasileira. Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta quarta-feira (6/12) pelo IBGE.

Do total, as mulheres de cor ou raça preta ou parda representavam 4,7 milhões (43,3%), enquanto as brancas formavam menos da metade desse montante: 2,2 milhões (20,1%). Outros 2,7 milhões (24,3%) eram homens pretos ou pardos e 1,2 milhão (11,4%) eram homens brancos.

“O indicador inclui simultaneamente os jovens que não estudavam e estavam desocupados, que buscavam uma ocupação e estavam disponíveis para trabalhar, e aqueles que não estudavam e estavam fora da força de trabalho, ou seja, que não tomaram providências para conseguir trabalho ou tomaram e não estavam disponíveis”, explica Denise Guichard, analista da pesquisa. 

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A pesquisadora do IBGE completa que essa é uma medida mais rigorosa de vulnerabilidade juvenil do que a taxa de desocupação, pois abrange aqueles que não estavam ganhando experiência laboral nem qualificação, possivelmente comprometendo suas possibilidades ocupacionais futuras. 

Afazeres domésticos e cuidados de parentes mantém mulheres jovens fora da força de trabalho

Em 2022, 4,7 milhões de jovens não tomaram nenhuma providência para conseguir trabalho e nem gostariam de trabalhar. Os motivos estão relacionados aos cuidados de parentes e com os afazeres domésticos para 2,0 milhões de mulheres, enquanto para 420 mil homens destaca-se o motivo por problema de saúde. Ambos os sexos também abordam o estudo por conta própria como um dos motivos para não querer trabalhar. 

Já o contingente de jovens que querem trabalhar foi de 2,4 milhões, sendo que para as mulheres o cuidado e os afazeres domésticos também se destacam como principal motivo para 553 mil jovens, mas o fato de não haver trabalho na localidade atinge ambos os sexos, chegando a mais de 800 mil jovens nesta situação (356 mil homens e 484 mil mulheres). 

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