Vivência no Celina Park junta entretenimento com educação ambiental

A ação ambiental contou com ao menos 100 pessoas durante o evento inteiro que durou três horas

Postado em: 11-12-2023 às 10h00
Por: João Victor Reynol de Andrade
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A ação ambiental contou com ao menos 100 pessoas durante o evento inteiro que durou três horas | Foto: João Reynol/O HOJE

A catadora Daniela de Lima sai todos os dias para trabalhar para manter uma responsabilidade muito grande, e muitas vezes não vista, está sendo a coleta seletiva de lixo da capital. O trabalho é árduo e manual pois tem que destinar cada material para o seu devido destino na reciclagem com a dificuldade extra de muitas vezes estarem todos misturados dentro das muitas sacolas de lixo. 

Tal complicação aumenta quando há misturas indevidas na coleta como vidros, ainda mais quebrados, juntos na sacola de plástico ou de metal. Neste caso, deve existir uma preocupação quanto a saúde e a qualidade de vida dessas pessoas quanto ao trabalho. Por causa disso, Daniela ficou muito contente ao ver a ação social que os seus colegas estavam empenhando. “Para mim é muito importante ver a minha filha aprendendo porque ela vai saber diferenciar e deixar o reciclável com reciclável. Seja vidro com vidro, isopor longe de plástico, papel colorido separado do papel comum. É até bom para a gente porque fica mais fácil”.

Este empenho social não foi exclusivo de suas colegas catadores, mas foi parte do programa Mãos Pro Futuro da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), em conjunto seis cooperativas de coleta seletiva da capital da União De Trabalho Dos Catadores De Materiais Recicláveis (Uniforte), responsáveis por cuidar de mais de 2 mil toneladas de material reciclável. 

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Houve a presença de escolas com foco ambientais e de Organizações Não Governamentais (ONG’s) como os escoteiros de Goiânia. Contudo, o objetivo deste programa não era apelar à consciência dos adultos, por se assim dizer, mas para os sentimentos e as emoções dos pequenos através da experiência, as mãos do futuro, literalmente.

Este evento ocorreu às 9 horas de sábado (09) dentro do Núcleo Socioambiental PUAMA, no Celina Park. A ação ambiental contou com ao menos 100 pessoas durante o evento inteiro que durou três horas de muito entretenimento para as crianças e a equipe presente. Foi dividido em três fases com um propósito lúdico, um circuito atlético por onde ensinavam as cores e as diferenças das lixeiras de coleta seletiva, um show de mágica onde os pequenos aprenderam o que acontece depois da coleta seletiva, e por fim, uma oficina de arte em que as crianças exponham suas mensagens de amor para o planeta.

A finalidade de todo o movimento era ensinar o valor da reciclagem logo antes de duas festividades que se mais produzem lixo, o Natal e o Ano Novo. Como diz Nair Vieira, presidente da Uniforte, o objetivo era levar todos estes ensinamentos embalados com a alegria do Natal. “A gente quer trazer um pouco de alegria do Natal relacionado com a reciclagem, mas também as crianças e os adultos, principalmente as crianças, serem um porta-voz do aprendizado de hoje que é preservar o meio ambiente. Principalmente para que elas ensinem seus irmãos, pais, avós, e se conscientizem para ter uma Goiânia melhor”.

Para tudo isso, foi necessário a união de todos os envolvidos para realizar tal evento, como diz Lorena Pereira, presidenta da cooperativa Carrossel e dirigente financeira da Uniforte. Segundo ela, tal evento não seria possível sem a união de todos os participantes incluídos. “Essa união é de extrema importância para gente porque desde que nos unimos tivemos várias conquistas como a construção de galpões, veículos e adquirimos valor para o nosso trabalho e para os catadores. Com este maior investimento conseguimos gerar novos empregos para diversas famílias goianienses, a maioria mulheres que tomam conta de suas casas”, diz Lorena.  

Contudo, essa união é além de corporativas como diz Sandra Chaves, representante dos escoteiros de Goiânia. De acordo com ela, para mudar o mundo, mesmo que seja para a próxima geração, é necessário se unir com pessoas que têm pensamentos similares. “É fundamental porque se queremos mudar o planeta nas questões ambientais temos que encontrar pessoas que agregam a mesma forma de pensar e de agir e a educação é base para isso”, diz Sandra. 

Ainda segundo ela, um futuro mais limpo pode também contribuir para uma Goiânia mais empática. “Essa vivência mais lúdica de hoje traz um aprofundamento a experiência e ao conhecimento, além de contribuir para um futuro mais limpo, tanto na parte da sustentabilidade quanto nas relações humanas mais gentis e saudáveis”, finaliza.

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