Mineração injetou R$ 8,5 bilhões à economia com exportação recorde de exportação à China
O plano estadual é de enriquecer o setor mineral com expansão na produção de commodities
Por: João Victor Reynol de Andrade
O setor da mineração goiana deve ganhar uma expansão para o ano de 2024 com a implementação do novo Plano Estadual de Recursos Minerais (Perm-GO). Segundo o plano, o objetivo é enriquecer o setor no estado com aumento de produção das commodities minerais, a fim de enriquecer a arrecadação do estado, bem como os municípios com a renda extra e com a geração de novas empresas e trabalhos.
De acordo com o titular da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel Sant’Anna Braga Filho, a mineração no estado já é uma área rica e pode ficar ainda maior com o desenvolvimento. “Com o encerramento da primeira etapa do Perm, a expectativa é aumentar ainda mais os rendimentos do setor, de forma completamente sustentável, trazendo mais desenvolvimento e renda para Goiás”, relata o secretário.
O evento com o nome de “Minera Goiás” será apresentado nesta terça-feira (12) e é promovido pela Sic. De acordo com Joel, o Perm está em construção desde fevereiro com participação do estado em pesquisa e entrevistas nos municípios com possíveis expansões minerais, segundo Lívia Parreira, diretora do Perm, mais de 2 mil pessoas foram entrevistadas pela Sic.
Uma área de destaque no documento será sobre o possível aumento na produção de joias no estado, com a cooperação chamada de “cluster (emaranhado) de jóias”. De acordo com a pasta é uma cooperação entre empresas do mesmo setor e possui a verticalização das gemas e pedras preciosas encontradas em território goiano, com a integração do ambiente de extração, beneficiamento e comercialização de produtos. Esta área possui uma forte presença em pelo menos dez municípios de Goiás com mineração a de ouro, esmeralda, quartzo e prata.
Essa esfera representa cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás e pelo menos 20% de toda a exportação internacional. Contudo, a pasta está certa de que o estado tem tanto o suporte logístico como energético para tal investimento, citando o apoio da malha ferroviária goiana que conecta o estado ao Porto do Rio São Simão. De acordo com a secretaria, o faturamento do estado é em torno de 8,6 bilhões de reais, Goiás é o quinto maior produtor de bens minerais metálicos do Brasil e o quarto que mais arrecada com a exploração mineral.
Dito isso, o setor já possui um faturamento anual de exportação maior de US$ 12 trilhões, com o continente asiático (excluindo Oriente Médio) sendo o principal alvo do comércio com protagonismo de 68% das vendas dos commodities. De todos os países, a China é a nação mais compradora dos minerais extraídos de Goiás com participação de US$ 5 trilhões, representando cerca de 47% de todo o comércio. Para essa expansão, a secretaria informou que fez um levantamento aerogeofísico de 78% de toda a área do estado com para mensurar as riquezas minerais, o restante da pesquisa tem previsão de acabar ainda neste ano, de acordo com a pasta.
Grande parte deste investimento tem origem em dez municípios goianos com os seis maiores produtores são as regiões de Alto Horizonte, Barro Alto, Crixás, Ouvidor, Catalão e Minaçu. Destas administrações há a extração de cobre, níquel, alumínio, ouro, fosfato, nióbio e minérios de terras raras (apenas em Minaçu). Com isso, o minério de cobre é o mais explorado com produção de 27%, acompanhado de calcário com 16%, e níquel com 12%. Destes minérios o estado ocupa principal explorador de fosfato e níquel. O plano também contempla as empresas mineradoras já existentes que possuem sedes e operações nas minerações mencionadas. De acordo com o documento da pasta, as principais dez empresas já estão nos dez municípios com mineração mais ativos.
Além disso, no documento consta a existência de mais de 150 projetos para futuras empresas de extração mineral bem como novas avenidas de minérios como a extração de alumínio, além da expansão de novas áreas como o garimpo de jóias como esmeralda, em Campos Verdes. Dito isso, esta nova possível expansão pode gerar mais renda para o estado e criar novos empregos não apenas na área da mineração, mas como na área agrícola e na construção civil.
