Defensoria Pública e Coletivo Muquifu promovem evento de retificação trans na Rua 8
Comunidade trans se une para transformar a Rua 8 em um espaço de acolhimento e celebração.
Por: Luana Avelar
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Em entrevista, Leônidas Cunha, idealizador do projeto social Bar-T, compartilha detalhes do evento de retificação trans na Rua 8, no centro da cidade de Goiânia. O evento, em parceria com o Coletivo Muquifu e a Defensoria Pública, acontecerá no dia 16/12, das 14h às 18h.
Leônidas destaca a importância de fechar a Rua 8, palco de inúmeras transfobias, para atividades como a retificação de nome, oferecendo um retorno positivo à comunidade trans.
“Essa rua ela pertence a nós, a todos nós, então é momento da gente mostrar que sim, que nós estamos nessa rua, que nós ocupamos esses espaços no geral, e se orgulhar disso”, destaca Leônidas.
“A mesma rua que eu já apanhei duas vezes, que eu já fui ameaçado de morte, agora eu vou ter o meu nome retificado nela”, acrescenta.
Questionado sobre a participação da comunidade cis, Leônidas expressa o desejo de que todos se unam na celebração e apoio aos corpos trans. Ele acredita que isso contribuirá para que “corpos trans possam se sentir mais acolhidos, mais protegidos, mais amados.”
Sobre a retificação de nomes, Leônidas enfatiza a importância de contar as histórias corretamente, destacando a oportunidade de retificar de forma gratuita como uma retomada da história para ser contada com o nome que verdadeiramente representa a existência trans. “É sobre a gente contar com o nosso nome, a maioria das histórias de trans do passado foram sistematicamente apagadas pelo uso do nome morto”, comenta.
Para participar do mutirão, interessados devem enviar nome social e documentos para o e-mail [email protected] ou (62) 31571040. No dia do evento, cópias do RG e comprovante de renda devem ser apresentadas juntamente com outros documentos que a defensoria anexará.
Leônidas acredita que o evento proporciona o reconhecimento oficial das identidades trans. Ele conclui: “A partir desse dia, cada pessoa retificada vai contar sua própria história usando seus nomes, e isso por si só já é um grande avanço nas políticas de apoio à saúde e à vida de pessoas trans.”