Jovem que teve língua arrancada foi morto por perder maconha de facção criminosa

Lucas André foi atraído para uma emboscada e morto pela facção criminosa após sumir dois quilos de maconha, explica a polícia.

Postado em: 15-12-2023 às 15h18
Por: Daisy Rodrigues
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Lucas André foi atraído para uma emboscada e morto pela facção criminosa após sumir dois quilos de maconha, explica a polícia. | Foto: PC

A Polícia Civil (PC) localizou na última quarta-feira (13), o corpo de Lucas André Xavier de Oliveira, de 23 anos, que estava desaparecido desde o dia 21 de novembro. Três suspeitos de integrar o Comando Vermelho (CV) foram presos por suspeita de matar e ocultar o corpo do jovem, no Setor Vera Cruz, em Goiânia.

Lucas chegou a ter a língua arrancada pelo grupo. Ainda de acordo com as informações da polícia, Lucas teria sido morto por supostamente perder dois quilos de maconha que pertencia à facção criminosa da qual fazia parte, motivo pelo qual passou a ser visto como “cagueta” (delator).

Toda a ação foi gravada pelos próprios criminosos. Um dos integrantes, de acordo com a polícia, desempenha a “função” de coveiro do grupo criminoso, cavando túmulos e ocultando os corpos das vítimas executadas.

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O corpo de Lucas foi encontrado pelos Policiais da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) em uma região de mata. A última vez que Lucas foi visto foi quando ele entrou em um veículo no Jardim Cerrado 7, também na capital.

A PC identificou que, no dia do crime, a vítima foi atraída pelo mandante do homicídio, que disse ao rapaz que ele deveria cometer um roubo para saldar a dívida das drogas que sumiram, quando, na verdade, estava planejando a emboscada para matar Lucas.

“Os autores do crime, de 25 e 21 anos, levaram Lucas para a região de mata e o mataram. Posteriormente, acionaram outro comparsa, de 38 anos, para cavar uma cova e enterrar o corpo”, informou a PC.

O delegado João Paulo Mendes contou que o mandante do homicídio segue foragido e que, provavelmente, esteja escondido em uma comunidade do Rio de Janeiro.

“Ele [Lucas] já havia sido preso um mês antes de desaparecer por tráfico e associação criminosa. Depois, aconteceu de perder essa droga. Eles deram 24 horas para ele conseguir o dinheiro, o prazo passou e ele não conseguiu. Quando levaram ele para a mata, ele já estava condenado”, explicou João.

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