Mãe e padrasto que torturaram e espancaram bebê e criança, são condenados a mais de 100 anos de prisão
A denúncia do MP-GO apontou que o casal agrediu o bebê e a criança com chineladas em diversas áreas do corpo, incluindo as genitálias. Uma das vítimas das agressões chegou a ter uma convulsão por conta da gravidade dos ferimentos.
Por: Daisy Rodrigues
Uma mãe e um padrasto foram condenados a mais de 100 anos de prisão por torturar e espancar um bebê e uma criança em Cristalina, no Entorno do Distrito Federal (DF).
Segundo os relatos da denúncia, o bebê de apenas 1 ano, só sobreviveu por ter recebido atendimento médico.
O caso aconteceu em julho de 2021 e a denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO), apontou que o casal agrediu o bebê e a criança com chineladas em diversas áreas do corpo, incluindo as genitálias.
A denúncia ainda aponta que, devido a gravidade das agressões, o bebê chegou a ter convulsão, momento em que a mãe procurou um hospital do município. Ao ser questionada sobre os hematomas do bebê, a mãe disse à equipe de saúde que era “travesso” e que se feriu ao cair da cama.
Segundo o MP-GO, a criança agredida era torturada de forma física e psicológica, sendo privada até mesmo de alimentos e cuidados indispensáveis. O casal foi condenado pelos crimes de tortura, lesão grave e maus-tratos.
Como pedido pelo MP, a mãe perdeu a guarda dos filhos e ainda foi pedido que cada uma das vítimas fossem indenizadas com o valor de R$ 25 mil por danos morais.
Os condenados não poderão recorrer a sentença em liberdade.
Relembre o caso
A Polícia Civil prendeu a mãe e o padrasto de dois meninos por suspeita de tortura e tentativa de homicídio contra as crianças, em Cristalina, no Entorno do Distrito Federal. De acordo com o delegado Juliano Campestrini, um bebê de 1 ano e 11 meses ficou internado em estado grave. O irmão dele, de 3 anos, também foi hospitalizado com ferimentos no corpo e na cabeça.
O casal foi preso em julho de 2021. O delegado informou que eles optaram por ficar em silêncio durante o depoimento.
Campestrini explicou que as crianças foram levadas pela mãe para uma unidade de saúde da cidade em busca de atendimento médico. O plantonista suspeitou das lesões e questionou a mulher como foram causadas e ela teria alegado que eles caíram do carrinho de bebê.
A Polícia Militar foi acionada e decidiu então, conduzir a mãe para a delegacia. Em seguida, a Polícia Civil encontrou e prendeu o padrasto que estava escondido em uma casa no mesmo bairro onde mora.
“Com o padrasto, encontramos um chinelo que tem as marcações na sola muito parecidas com as lesões que aparecem no dorso das crianças. Por isso, o objeto foi apreendido para perícia”, explicou o delegado.
Segundo a polícia, as crianças ficaram internada e o mais novo recebeu tratamento numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
