Menino de 11 anos afirma ter sido estuprado dentro de escola

Ele diz que era agredido verbal, física e sexualmente dentro do banheiro. Mãe diz que psicóloga da unidade disse que situação era ‘normal’ e que alunos estavam ‘se conhecendo’

Postado em: 28-09-2018 às 13h56
Por: Katrine Fernandes
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Ele diz que era agredido verbal, física e sexualmente dentro do banheiro. Mãe diz que psicóloga da unidade disse que situação era ‘normal’ e que alunos estavam ‘se conhecendo’

Um menino de 11 anos afirma que foi estuprado por dois colegas de sala, de 11 e 12 anos de idade, dentro de uma escola municipal de Indiara, na região central de Goiás. A criança relata ter sofrido ainda ameaças dos alunos, que disseram que ele voltaria a ser agredido caso contasse algo à diretoria. 

Conforme relatou o menino, os abusos ocorreram de forma consecutiva desde de que entrou na escola no início deste ano,  para cursar o 6º ano do ensino fundamental. Após sofrer os abusos, a vítima teria levado dois canivetes para se defender dos colegas mas, alguém viu os objetos e o delatou à diretoria  na qual advertiu a criança.

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Ao chegar em casa, ele disse para mãe o que estava ocorrendo. “Eles me empurravam, davam chute, davam murro. Então, se eu fosse contar para o monitor eles me machucavam”. A mãe dele acredita que a unidade escolar foi negligente. 

“Não [dava para fugir], pois eles estavam me segurando”, disse o menino.

A mãe afirma que depois que descobriu os abusos, procurou a escola, mas diz que nenhuma providência foi tomada. Diante disto, ela levou o menino até o Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia, que comprovou que houve conjunção carnal, e o caso foi encaminhado para a Polícia Civil. 

“Eu fui na escola, conversei com eles. Eles me passaram para conversar com uma psicóloga do município, dentro da escola. Falei ‘olha, está acontecendo isso com meu filho’. Expliquei tudo para ela. Expliquei para ela em detalhe, ela me falou que isso era normal de criança, que eles estavam se conhecendo”.

“É uma mistura de sentimento muito grande, de ódio, de impotência, de fraqueza, não sei explicar. Eu não sei como vai ficar a cabeça do meu filho depois de tudo isso”, desabafou a mãe. 

A escola negou que recebeu qualquer tipo de informação antes da informação vir à tona, nega que foi negligente com qualquer tipo de omissão e diz que o caso está sendo apurado pela escola. 

A instituição disse ainda que aguarda os próximos passos da investigação feita pela Polícia Civil que devem ser colher os depoimentos dos alunos supostamente envolvidos e da administração da escola. O caso está sendo investigado pela delegacia de Indiara, onde mãe e vítima já fora ouvidos.

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