Concorrência com ambulantes ilegais pode fechar 2 mil vagas de emprego na Região da 44, em Goiânia

A concorrência 'desleal' tem feito com que muitos lojistas registrem prejuízos neste mês de dezembro

Postado em: 21-12-2023 às 08h01
Por: Ícaro Gonçalves
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A concorrência 'desleal' tem feito com que muitos lojistas registrem prejuízos neste mês de dezembro | Imagem: Câmera de segurança/Divulgação

A concorrência enfrentada pelos lojistas da Região da Rua 44, em Goiânia, contra ambulantes ilegais pode prejudicar a contratação efetiva de aproximadamente 2 mil funcionários temporários. A expectativa negativa é da diretoria da Associação Empresarial da Região da Rua 44 (AER44).

A contratação de temporários por lojas e shoppings da região é comum nos meses finais do. Além disso, parte dos funcionários temporários contratados para atender a alta demanda são efetivados no primeiro trimestre do ano seguinte, e ganham espaço no mercado de trabalho.

Porém, a concorrência ‘desleal’ tem feito com que muitos lojistas registrem prejuízos neste mês de dezembro, o que deve diminuir o número de efetivações em 2024, como explica o presidente da AER44, Lauro Naves.

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“Infelizmente, a 44 hoje é uma terra sem lei sob o ponto de vista de fiscalização urbana. Hoje os ambulantes não obstruem só as entradas das lojas e as calçadas, eles obstruem as ruas por completo. Atrapalham pedestres e carros”, lamenta Lauro Naves.

O presidente da AER44 afirma que a fiscalização precária sempre foi um problema crônico na região, mas que agora chegou a um nível que inviabiliza o comércio sério, que paga impostos, que gera empregos e renda e que atua dentro da legalidade.

“As ruas aqui na nossa região não são mais para os pedestres ou para os carros, estão tomadas por araras, por ambulantes que vendem mercadorias de origem não confirmada, de ‘carros lojas’. Eles obstruem as calçadas, as entradas das galerias e shoppings, atrapalham o trânsito livre e seguro das pessoas e também de veículos, enfim, só tumultuam. Não geram impostos e nem empregos, pelo contrário, tiram essas duas coisas da região”, critica Lauro Naves.

O problema é antigo e impacta até no faturamento de confecções do interior do estado. Isso porque, devido as quedas nas vendas, muitos lojistas acabam comprando menos dessas, o que afeta a geração de renda e de empregos nos pequenos municípios goianos.

“Alguns dizem que os ambulantes têm direito de trabalhar, acontece que os trabalhadores que são contratados com carteira assinada, com o pagamento de todos os seus direitos, também têm direito ao emprego. O micro, pequeno e médio empreendedor também têm direito a ter o seu negócio amparado, pois são quem geram esses empregos de qualidade, pagam impostos e movimentam a economia”, finaliza o líder empresarial na Região da 44.

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