Com aumento de casos, Corpo de Bombeiros dá dicas sobre prevenção de afogamentos

Goiás já registrou 174 ocorrências, em 2023

Postado em: 28-12-2023 às 17h26
Por: Rauena Zerra
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Somente essa semana, três vidas foram perdidas por afogamento em Goiás I Foto: Reprodução do Corpo de Bombeiros de Goiás

Somente nesta semana, três vidas foram perdidas por afogamento em Goiás. No decorrer deste ano, o Corpo de Bombeiros do estado já reportou um total de 174 incidentes.

Esse número representa um aumento bastante significativo de 65.71% em comparação com o ano anterior, quando foram registrados 105 casos de afogamento em todo o estado.

Ainda segundo os registros do Corpo de Bombeiros, a grande maioria dos incidentes ocorreu em lagos, somando um total de 64 afogamentos em 2023. Em seguida, temos os rios, com 47 casos, e as piscinas, com 40 ocorrências. Os córregos tiveram 11 registros, enquanto outros tipos de locais chegaram a um total de 10. Por fim, 2 casos foram registrados em cachoeiras.

Nesta segunda-feira (25), foi registrado o afogamento de um jovem de aproximadamente 20 anos de idade no Lago da EMGOPA, Senador Canedo. O incidente ocorreu quando o jovem tentava atravessar o lago com um amigo e acabou submergindo. Na quarta-feira (27), o corpo do jovem emergiu, em mais ou menos 20 metros do local que testemunhas viram afundar.

Na terça-feira (26), outro registro, foram encontrados os corpos do pai, de 60 anos, e o filho dele, de 30, que se afogaram no Rio Pirapitinga, na zona rural de Cumari, no sudeste do estado. O filho se afogou primeiro e o pai tentou ajudá-lo. Depois disso, os dois não foram mais vistos.

Segundo Pedro Neri, Major do Corpo de Bombeiros de Goiás, em decorrência ainda intensa onda de calor, fez com que as pessoas procurassem locais para se refrescar. Isso pode ter contribuído para o aumento do número de ocorrências.

Neri, forneceu orientações sobre as precauções necessárias para prevenir afogamentos. Segundo ele, as pessoas devem evitar comportamentos inadequados, como superestimar suas habilidades. Por exemplo, acreditar que pode atravessar rios, nadar contra a correnteza ou se aventurar em áreas de profundidade desconhecida.

É importante compreender que ambientes aquáticos apresentam riscos para a vida. Além disso, é fundamental buscar locais supervisionados por salva-vidas. Caso isso não seja possível, é essencial evitar se aventurar em águas onde não se pode tocar o solo, fazer uso do colete de proteção, evitar ingerir bebidas alcoólicas e nadar em seguida. Orienta, o Major.

Em situações de afogamento, Neri aconselha que o primeiro passo é tentar manter a calma. As pessoas que estão presenciando a situação devem ligar imediatamente para o número de emergência 193 e aguardar pelo resgate. .

A recomendação é lançar qualquer objeto flutuante em direção à pessoa em questão. Um isopor, um pneu, uma boia ou até mesmo um galho longo podem ser utilizados para arremessar e puxar o indivíduo.

Alerta- se para o risco iminente de se aproximar excessivamente de pessoas em situações de afogamento. Em momentos de desespero, a vítima pode se apegar a outro indivíduo, resultando em possíveis afogamentos simultâneos. Nesse contexto, caso alguém se posicione próximo à pessoa, corre-se o risco de se tornar uma nova vítima”, adverte.

Destaca-se também a importância de aumentar a atenção com as crianças, que devem ser supervisionadas integralmente por um adulto. A distância de apenas uma mão, para que em caso de acidente, o adulto possa rapidamente socorrê-la.

Pedro conclui mencionando que o Corpo de Bombeiros mantém seus canais oficiais sempre atualizados com dicas de segurança, que podem ser úteis durante o período de chuvas, inundações e situações de afogamento.

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