Variação no preço dos alimentos faz famílias se adequarem para montar ceia de Natal
Sistema de arrecadação familiar foi a saída para a família de Matheus ter uma noite com diversidade no cardápio
Por: Matheus Santana
A época natalina é cheia de muitas tradições, e a ceia de Natal é um dos momentos mais aguardados da noite. Durante o ano muitas famílias vão ao mercado diariamente fazer aquela compra mensal e encontram algumas coisas com um preço que vale a pena. Mas nesse período de festa a missão das pessoas que vão aos mercados é encontrar itens que fazem parte da ceia com um bom preço. Nessa época algumas mercadorias que estão na mesa de natal tendem a aumentar, e os gastos podem variar bastante de acordo com diversos fatores, como o número de pessoas e preferências culinárias.
Com a tradição de reunir familiares e amigos em torno de uma farta ceia, os gastos com alimentos típicos desta época ganham destaque nos orçamentos domésticos. Produtos como carnes especiais, frutas, frutos do mar, nozes e castanhas, além dos ingredientes para pratos tradicionais, com a chegada da temporada natalina, os preços desses alimentos e ingredientes tendem a ser um ponto de preocupação para consumidores e comerciantes, pois são produtos que tradicionalmente então em quase todas as mesas de alimentos que são montadas no natal.
Segundo a pesquisa feita pelo Procon Goiás divulgada no dia 20 de dezembro, 101 itens como frutas secas, doce em calda, frutas, panetones, carnes e bebidas foram averiguados em 23 estabelecimentos, sendo 15 deles localizados em Goiânia e 8 de Anápolis. Nos estabelecimentos de Goiânia, a maior variação foi de 500% e ocorreu no melão amarelo, com o quilo sendo encontrado de R$ 2,88 a R$ 17,29. Em seguida, o pêssego nacional, com menor preço a R$ 3,77 e o maior a R$ 16,90, uma diferença de mais de 348%.
Entre as carnes o peru perdigão pode ser encontrado entre R$ 27,99 a R$ 34,90, variando até 24,69%, já o peru Seara registrou 11,12% de variação, o produto está sendo vendido de R$26,98 a R$29,98. O chester Perdigão foi encontrado com variação de 10,69%, com preço de R$ 28,90 a R$ 31,99. O quilo do pernil Seara teve variação de 7,15%, variando de R$ 55,98 a R$ 59,98.
Nos estabelecimentos de Anápolis, a maior variação encontrada pelo Procon foi de 475,25% na unidade do abacaxi. A fruta tem sido comercializada de R$ 1,98 a R$ 11,39. Entre as carnes, o preço com maior oscilação nos estabelecimentos anapolinos foi o bacalhau porto, que teve o quilo encontrado de R$ 61 a R$ 169,90. O levantamento foi feito pelo Programa de Defesa do Consumidor entre os dias 11 e 15 de dezembro.
Diante desse cenário muitas famílias têm considerado adaptações na ceia de natal. E foi pensando na mudança nos preços dos produtos que compõe a ceia de natal, que muitas famílias criaram uma saída para montar uma boa mesa de natal com diversos itens. Por esse motivo a família de Matheus Ribeiro Junior de 22 anos, resolveu se juntar esse ano, para arrecadar dinheiro durante esses 12 meses, para comprar os itens da ceia sem se preocupar. Durante uma entrevista ao Jornal O Hoje, Matheus relatou que toda a família veio fazendo um pagamento mensalmente pra ajudar com os gastos da festa de natal e também da ceia.
“Nesse ano minha família veio arrecadando R$30 por pessoa, cada um ia passando esse valor todo mês até chegar em dezembro”, explica Matheus. “Esse valor arrecadado também já está incluso as comidas e frutas para a ceia e os presentes que serão sorteados no bingo, minha família é muito grande então vai dar um valor bom”, conclui o jovem. O rapaz de 22 anos também revelou que a família pretende contratar alguém para fazer os pratos da celebração.
Neste ano, João Pedro Mariano que é proprietário de um buffet vai trabalha durante o natal, mesmo não tendo o costume de trabalhar nessa data. João conta que vai atender a um evento com 50 pessoas durante a data, para isso o custo dos alimentos é um pouco salgado “Eu vou ter um gasto com mercadoria e bebida para 50 pessoas no valor entre R$ 800 a R$ 900 de custo com comida, esse é o custo bruto. E R$ 1.600, se não me engano, com mão de obra”, diz João.
O chefe de cozinha também diz que as bebidas e o seu principal ingrediente que teve um aumento, nesse período de fim de ano “No meu cardápio em específico, aumentou bebidas, pois as bebidas sempre aumentam nessa época não tem jeito, os preços estão lá em cima, as massas subiram um pouco também, mais ou menos 10% de reajuste. Outros ingredientes como verduras e legumes também estão nessa faixa, não passou de 10%”, relata João Pedro.
