Adutora deve evitar falta de água e rodízio
Obra inaugurada ontem vai evitar o desabastecimento, caso haja algum problema em uma das estações
Por: Sheyla Sousa
![Imagem Ilustrando a Notícia: Adutora deve evitar falta de água e rodízio](https://ohoje.com/public/imagens/fotos/amp/dc010081f6ea525eae22bffba3ef329b.jpg)
Raunner Vinícius Soares*
A inauguração, ontem (1), da adutora que liga as estações de tratamento de água dos sistemas Mauro Borges e Meia Ponte tem 12,5 Km de extensão e vai evitar o desabastecimento caso haja algum problema em uma delas. A obra demorou 8 meses e custou R$ 20 milhões.
Os custo de R$ 20 milhões foram pagos com recursos da Companhia de Saneamento de Goiás S.A. (SANEAGO). Desde a última sexta-feira (28), a adutora passa pelo processo de lavagem e desinfecção. Já na manhã de ontem (1), a água ainda estava sendo tratada com cloro para a descontaminação da tubulação.
A estrutura tem 70 centímetros de diâmetro e capacidade de vazão de 800 litros de água por segundo. É o suficiente para abastecer uma cidade com 334 mil habitantes. A adutora atravessa os rios João Leite, Meia Ponte e o Samambaia. Além dos rios, o encanamento passa embaixo das rodovias GO-080 e GO-402.
Segundo a empresa, o encanamento sai do Mauro Borges com 0,3% de turpidez, que é a diminuição da sua tranparência da água. Porém, chega com 0,6% uma quantidade que não é a ideal para jogar no sistema.
Os sistemas Mauro Borges e Meia Ponte abastecem cerca de 90% da Grande Goiânia. O restante recebe água de estações independentes. A Saneago espera integrar toda a rede até 2020. A obra de união dos sistemas deve custar R$ 260 milhões e começar ainda neste mês.
Atualmente, a vazão do Rio Meia Ponte, que abastece a maior parte da Grande Goiânia, é de 3.449 litros por segundo. Do total, 2 mil são retirados para o abastecimento da população. Mesmo sem a preocupação de faltar água, ele reforça a necessidade de se tomar medidas para proteger o manancial.
A ideia é fazer com que o volume do Ribeirão João Leite, que não sofre com problemas de desabastecimento, seja distribuída e abasteça o outro sistema. Por isso, de acordo com a assessora de expansão, mesmo depois de concluída a interligação só será utilizada em casos em que a vazão do Meia Ponte for inferior a 2,3 mil litros por segundo. Na última terça-feira (25), em que foi realizada a medição mais recente, a vazão registrada foi de 3,8 mil litros por segundo.
Seca
A obra de integração é uma garantia para que o fornecimento de água aos bairros atendidos pelo Sistema Meia Ponte não seja afetado. A Saneago afirma, por meio de nota, que trabalhou intensamente para minimizar os impactos do período de seca no abastecimento da população de Goiânia e Região Metropolitana.
De acordo com a Companhia, mesmo com a construção da adutora para transpor a água de um sistema para outro, há necessidade do consumo consciente de água potável se manter. Só o Meia Ponte é responsável por atender 52% da demanda da Capital e em parte da Região Metropolitana de Goiânia.
Caso eventualmente a vazão do Meia Ponte fique abaixo de 1,5 mil litros por segundo, entrará em ação o Plano de Racionamento da Grande Goiânia apresentado pela Saneago e aprovado no final de agosto pela Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR), que apresenta um esquema de rodízio de água de acordo com a alternância no fornecimento, definindo os bairros e a quantidade de pessoas afetadas. (Raunner Vinícius Soares é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)