O adeus do goianiense ao ano velho e expectativas para 2024

A chegada de um novo ano é marcada por agradecimentos e projetos para o futuro, pensando nisso, a reportagem do jornal O Hoje foi às ruas para saber o que os goianos esperam do próximo ano

Postado em: 01-01-2024 às 08h56
Por: Redação
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A chegada de um novo ano é marcada por agradecimentos e projetos para o futuro, pensando nisso, a reportagem do jornal O Hoje foi às ruas para saber o que os goianos esperam do próximo ano | Foto: Leandro Braz

Matheus Rodrigues e Ronilma Pinheiro

Milhares de pessoas espalhadas pela capital de Goiás, Goiânia, enfrentaram diferentes adversidades durante o ano de 2023. Ao andar pelas ruas da cidade, é possível ver rostos felizes que comemoram a chegada de um novo ano, mas também, semblantes descaídos, por inúmeras frustrações que o ano passado lhes trouxeram. Porém, uma coisa essas pessoas têm em comum, elas continuam sonhando e acreditando em dias melhores.

Mesmo que os objetivos antigos não tenham sido alcançados, é comum que ao final de cada ano, traçamos novas metas. Afinal de contas, são essas metas que nos motivam a continuar tentando, mesmo quando tudo parece não dar certo. “Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer”, é seguindo o pensamento de Mahatma Gandhi, ativista indiano que ficou mundialmente conhecido por liderar os indianos na luta pela independência, que José Lucas do Carmo, de 28 anos, luta todos os dias para alcançar os sonhos que só ele sabe o quanto lhe custam diariamente. Mesmo que 2023 não tenha sido o melhor ano da vida do jovem, ele não parou de lutar, mas persiste em seus objetivos.

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Dia 1ª de janeiro é o início de uma nova temporada para Lucas que trabalha em um lava-jato e faz bicos como flanelinha no tempo livre que lhe sobra para ganhar alguns trocados. O sonho dele? Conseguir um emprego fixo, que possa lhe dar estabilidade e não precisar depender de terceiros para se sustentar. Para muitos, parece ser algo simples, mas para Lucas, esta não é uma tarefa fácil, por isso, torna-se ainda mais desejado.

“Se me perguntarem como posso definir o ano de 2023, eu diria que foi um ano desafiador para mim”, é o que afirma a teóloga Josélia Nascimento, de 32 anos, enquanto narra de forma minuciosa ao jornal O Hoje, a sua trajetória no ano passado. Após a chegada do filho mais novo, Asafe, a mulher que sempre cuidou da alimentação para manter um peso saudável, começou a engordar desenfreadamente até chegar ao estágio 1 da obesidade. “Eu pesava 59 quilos antes da gestação e em março de 2023 estava com 75. Engordei 16 quilos após o nascimento do meu terceiro filho”, conta a teóloga ao destacar que tem 1, 50 de altura.

Dores – de origem desconhecida até então – cansaço e fadiga passaram a fazer parte da rotina de Josélia, que nesse período cuidava do filho recém-nascido e da mãe, Aurilene Nascimento, que acabara de ser diagnosticada com diabetes tipo 1 e estava com a glicemia descontrolada. A mãe do Asafe sabia que precisava fazer algo a respeito da sua situação, mas lhe faltava ânimo e forças para dar o primeiro passo em direção à vida saudável.

Com o passar dos dias, vendo o peso aumentar gradativamente, na luta contra o sedentarismo e as guloseimas, ela decidiu que era hora de parar, refletir e fazer uma reeducação alimentar, além de começar uma vida de exercícios físicos. “ Como precisava cuidar da alimentação da minha mãe, aproveitei para me policiar também, quanto à uma comida mais saudável”, relata.

Com um cardápio baseado em poucas massas, muitos legumes e saladas, Josélia alcançou o objetivo tão esperado. Ela perdeu 15 quilos e voltou a pesar 60 quilos. “Mas e as dores? Porque elas continuam aqui?”, se perguntava a mulher, que posteriormente descobriria que estava com Fibromialgia – condição caracterizada por dor muscular generalizada, crônica, mas que não apresenta evidência de inflamação nos locais de dor.

A notícia veio como um presente de aniversário. Presente indesejado. Naquele dia 10 de novembro, data em que completava seus 32 anos de idade, a mãe, esposa, filha, mulher de fé que dedica a vida em ‘apregoar’ e ensinar que Deus cura, transforma, restaura e salva, viveu um dos piores dias da sua vida, ao se debruçar no diagnóstico que não deixava dúvidas. Josélia estava com uma enfermidade crônica e precisava mudar todos os hábitos de vida. “Eu não sabia nada a respeito dessa doença e foi assustador descobrir o diagnóstico.

Para 2024, Josélia deseja continuar com a fé inabalável no Deus que criou os céus e a terra, que nem mesmo a Fibromialgia foi capaz de arrancá-la. “Eu tenho fé que Deus, que sempre tem um propósito nas nossas dores, possa transformar a minha dor em combustível para alcançar meus objetivos”, comenta.

Sonhar e alcançar

Tenor Lamoniê, um senhor de 68 anos, que vive da música há um bom tempo, também tem sonhos a serem alcançados. O homem de Minas Gerais tem sua meta enraizada no sertanejo, ramo da música pelo qual Goiânia é conhecida. É no centro da cidade que o aspirante a cantor costuma fazer seus shows. Com um violão, toca por onde passa. Mas o lugar preferido dele, é na porta da Caixa Econômica Federal, onde todos os dias, senta e toca o seu instrumento. Ele descreve 2023 como um ano “complicado e barra pesada”

Salvo pela música, tocar seu violão é a coisa que Tenor mais gosta de fazer. Tanto é que, enquanto não está tocando pelas ruas do centro, Tenor dá aulas de violão para crianças. Ao falar sobre sonhos, o músico declara que gravar uma música é o seu grande objetivo de vida. Sonho esse que ao longo dos anos vem sendo almejado. Em 2024,  o sonho desse Sr que canta por onde passa em Goiânia vai se persistir outra vez.

Em meio às tantas tentativas, sonhos, metas e objetivos que para muitos não deram certo, um relato de alguém que conseguiu alcançar os objetivos de 2023, surge nas entre linhas. Mas se engana quem pensa que a vida de Gustavo Henrique Souza Reis, de 21 anos, sempre foi “um mar de rosas”. O jovem que começou a trabalhar desde os seus 12 anos, é apaixonado por motos e carros, desde pequeno seu maior objetivo era um dia conseguir um desses veículos. Para Gustavo 2023 foi um ano onde muitas “portas se abriram” para ele.

Foi neste ano que o jovem mudou de emprego e passou a comprar as aquisições. “Primeiro comprei uma moto zero quilômetros, depois um carro”, relata Gustavo, que é apaixonado por veículos.

Em 2024, o jovem que já conquistou tantas coisas neste ano, almeja feitos maiores, o rapaz de 21 anos, espera poder comprar sua casa própria e se casar com sua namorada. Esse particularmente é um desejo que ambos compartilham.

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