Mercado pronto para vendas do Dia das crianças em Goiânia

Gabriel Araújo*

As vendas do Dia das Crianças devem injetar R$ 75 milhões na economia goianiense. Dados de pesquisa encomendada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia mostram que 66,2% da população economicamente ativa da Capital pretendem presentear no Dia das Crianças de 2018, cerca de 7% a menos que em 2017.

A Pesquisa de Intenção de Compras aponta que o valor médio dos presentes comprados para a data comemorativa do próximo dia 12 ficou em R$ 138,99 para cada presente, um pouco maior que o gasto no ano passado, de R$ 115,34.

O estudo ainda informou que, dos 79,4% de clientes que definiram o presente, a preferência é pelas lojas de rua, com 60% encolhendo entre as lojas do Centro e de Campinas. Enquanto isso, os Shoppings, que contaram com 33,3% no ano passado, passaram a apenas 20% e as lojas especializadas, que somaram 10,7% anteriormente passando a 6%. A internet foi desbancada nos dois anos, mas apresentou uma melhora significativa, passando de apenas 2,7% dos consumidores para 4,6%.

A reportagem do jornal O Hoje visitou estabelecimentos comerciais na tarde de ontem (3) e encontrou alguns clientes já fazendo as compras para o dia das crianças. De acordo com a funcionária pública Luciana Ribeiro, de 35 anos, que estava a procura de um brinquedo para a filha Manuela Ribeiro, de 4 anos, este ano as compras serão calmas. “Ano passado ela ganhou uma bicicleta, agora estamos procurando um brinquedo mais barato. Não dá para saber como as coisas vão ficar, então é melhor ir com calma”, afirmou.

Segundo a funcionária pública, o Dia das Crianças é importante por ser uma data marcante. “Ela sempre fica ansiosa por esse dia, e a gente acaba sempre comprando alguma coisa”, concluiu.

A lojista Márcia Vieira afirmou que as vendas ainda estão paradas. “A gente espera que na véspera e no próprio dia as pessoas venham comprar, mas até agora está muito parado”, conta.

Ainda segundo ela, os produtos comprados até o momento possuem valores menores que a média do ano passado. “Estão comprando pouco e barato, acho que o pessoal ainda não tem muita confiança e prefere gastar menos esse ano”, completa.

Segundo a pesquisa, apesar de o valor por presente ter aumentado, a maior parte dos consumidores, cerca de 75% pretende pagar com dinheiro ou cartão de débito, assim como vem ocorrendo nas datas comemorativas deste ano. Apenas 22,7% dos consumidores escolheram utilizar o cartão de crédito como forma de pagamento, podendo ser ainda parcelado ou a vista. 

Datas comemorativas movimentam o comércio  

O bom momento do mercado goiano se dá a melhora nas vendas durante os períodos comemorativos.  De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) o último mês de julho apresentou uma melhora em relação ao mesmo período do ano passado. Com uma variação positiva de 0,3%, o mês mostra uma pequena melhora no mercado goiano, já que acompanha dois meses de alta impulsionados por datas comemorativas.

De acordo com pesquisas da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia, as vendas na Capital durante o Dia dos Pais, Mães e Namorados mostraram uma evolução no valor total desde ano. Somente nestes três dias, o valor esperado foi de mais de R$ 350 milhões.

As vendas em Goiânia para o Dia dos Namorados agitaram o comércio. De acordo com a pesquisa de Intenção de Compras, encomendada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia, 49,3% da população economicamente ativa da Capital participa do mercado de presentes no Dia dos Namorados em 2018. A pesquisa levantou também que o preço médio dos presentes ficou em R$233,85 e que 65% dos consumidores irá comprar o presente à vista.

A estimava que o gasto total injetou mais de R$ 93,63 milhões na economia goianiense durante a semana, um aumento de R$ 10 milhões em relação ao mesmo período no ano passado, quando a previsão foi de R$ 83,45 milhões.

Conforme informado pelo estudo, os mais presenteados foram os esposos e as esposas com 67,3% dos entrevistados, seguido dos namorados, sendo 28,1%. Os presentes mais escolhidos foram os vestuários 28%, seguido de perfumaria 24%, acessórios 16%, calçados 14% e flores e plantas 12%. Um dos itens que chama atenção é o do segmento de joias e semi-joias, que este ano teve 10% de preferência; em 2017 foi de apenas 3,1%.

Dia das Mães

Já as vendas do Dia das Mães em Goiânia injetaram R$ 188 milhões na economia da cidade. O valor representou um crescimento de 12,6% em relação ao total arrecadado na data em 2017. O levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia revelou que 70,5% da população economicamente ativa de Goiânia comprou presentes para as mães. 

Segundo a pesquisa, o valor médio dos presentes foi de R$ 188,71, preço superior à média do ano passado, que foi de R$ 153. Para o presidente do CDL, Geovar Pereira, maiores gastos com presentes indicam uma recuperação da economia que vem se desenhando desde 2017.

O estudo do Grupom revelou ainda que 39,1% dos entrevistados optaram por comprar o presente em lojas de rua, o que já é comum durante as datas comemorativas na cidade. Apesar disso, o crescimento das vendas deve impulsionar ainda tanto comércios como os shoppings.

Dia dos Pais

O Dia dos Pais desde ano, comemorado no dia 12 de agosto, movimentou R$ 73 milhões na economia goianiense, segundo Pesquisa de Intenção de Compras encomendada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia. O dado corresponde a um aumento de 9,8% em relação ao previsto em 2017, que foi de R$ 66 milhões. O estudo aponta que 55,1% da população economicamente ativa da Capital presenteou na data e que o valor médio dos presentes será de R$ 163,17.

De acordo com a pesquisa, a procura por roupas liderou a preferência para presentes, com 43,3% das intenções, seguindo-se calçados, com 23,3%, acessórios, com 18,9% e perfumaria e cosméticos, com 14,4%. Destaque para os calçados, que teve um acréscimo de 15.9 pontos percentuais – ano passado foi de 7,4%. Além disso, das pessoas que presentearam preferiram pelas compras em lojas de rua, com 54, 6%, seguido pelos shoppings centers, com 45,4% e internet com apenas 6,8%. (Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian).