A triste história da cadela de 17 anos que desapareceu por causa dos fogos em Goiânia

Ruivinha desapareceu no dia 31 de dezembro durante queima de fogos no setor do Vera Cruz 2

Postado em: 04-01-2024 às 08h00
Por: Luana Avelar
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Ruivinha, uma fêmea de 17 anos diagnosticada com câncer, enfrenta desafios de saúde que afetam sua audição e visão | Foto: Divulgação

Em diversas celebrações ao redor do mundo, os fogos de artifício são apreciados por sua beleza e espectacularidade. No entanto, por trás do brilho e da festividade, há uma realidade sombria que afeta muitos animais, especialmente nossos amigos de quatro patas.

O desaparecimento de cães durante eventos pirotécnicos tornou-se uma preocupação crescente para os amantes de animais. O pânico gerado pelo estrondo dos fogos de artifício pode levar muitos cães a fugirem, buscando refúgio longe do barulho ensurdecedor. Infelizmente, muitos não conseguem encontrar o caminho de volta para casa, resultando em separações dolorosas entre pets e seus donos.

Karina Carla dos Santos Prado, tutora de Ruivinha, compartilhou em entrevista a angustiante experiência do desaparecimento de sua cachorrinha no último dia do ano no setor do Vera Cruz 2, em Goiânia.

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Ao chegar em casa na madrugada do Ano Novo, Karina e sua família não perceberam a ausência de Ruivinha imediatamente. A tutora relata que, inicialmente, imaginaram que a cachorrinha estivesse em outro cômodo, mas só no dia seguinte perceberam que ela não estava em casa.

“Era por volta das 4h30 da manhã, nós chegamos em casa e não havíamos a encontrado. Pensamos que ela estaria no quarto do meu pai, evitamos incomodá-lo, mas no dia seguinte percebemos que ela não estava lá”, conta Karina.

Ruivinha, uma fêmea de 17 anos diagnosticada com câncer, enfrenta desafios de saúde que afetam sua audição e visão. Karina, preocupada com os efeitos dos fogos, suspeita que o barulho tenha contribuído para a fuga da cachorrinha.

Segundo Karina, Ruivinha era muito alegre, adorava um carinho, sabia pedir carinho com a patinha. Conhecia o andar de cada um e sempre esperava seu pai no portão. Quando queria comer, ficava rodeando a cozinha. Muito amorosa e protetora.

No entanto, nem tudo era tranquilidade para Ruivinha, pois desde filhote, ela demonstrava uma aversão intensa aos fogos de artifício. Karina revela que “ela nunca gostou de fogos. Sempre se escondia dentro de casa, tremia e pulava nas portas e paredes, muito nervosa”.

Questionada sobre episódios anteriores, Karina relembrou um incidente ocorrido muitos anos atrás, quando Ruivinha tinha sete anos. “Abrimos o portão, não percebemos que ela tinha saído, e só demos falta dela mais tarde. Dois dias depois, ela apareceu, provavelmente de alguma chácara nas proximidades. Mas naquela época, ela era mais jovem, com audição e visão normais”. 

A tutora detalha as estratégias adotadas para acalmar Ruivinha durante as festividades. “Quando estamos em casa, deixamos ela ficar dentro e tentamos acalmá-la com abraço, carinho e conversa. Quando estamos ausentes, damos um remédio para ela dormir e se acalmar, mas devido ao seu estado de saúde recente, não realizamos a medicação”.

Apesar dos esforços para encontrar Ruivinha, as buscas na área onde costumava passear não foram bem-sucedidas. A tutora menciona ter procurado no setor do Vera Cruz 2, mas a cachorrinha não foi localizada. “Andamos por todo o setor de carro, a pé, perguntando e noticiando nas redes sociais, contando com a ajuda de vários conhecidos”, comenta.

Karina expressa sua esperança de que Ruivinha esteja bem e faz um apelo por qualquer informação que possa contribuir para o reencontro. Organizações de proteção animal e veterinários têm se mobilizado para conscientizar sobre os efeitos prejudiciais dos fogos de artifício nos animais de estimação. Recomendações incluem medidas como manter os cães em ambientes internos durante eventos pirotécnicos, oferecer abrigos seguros e utilizar técnicas de dessensibilização para minimizar a aversão ao som.

Ao ponderar sobre medidas preventivas, Karina sugere uma abordagem em relação aos fogos de artifício. “Acho que tentar silenciar os fogos seria uma medida preventiva. Acho que falta de conscientização não existe, pois acho que todos sabem sobre os efeitos que os fogos causam nos animais. Acho que poderia tentar fazer fogos mais silenciosos”, conclui Karina, destacando que a beleza dos fogos de artifício não deve vir às custas do bem-estar dos nossos companheiros. Auau.

Informações sobre a cadela podem ser encaminhadas para o telefone WhatsApp (62) 99267-0501; tratar com Karine.

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