Polícia prende padrasto de Pedro Lucas, menino desaparecido em Rio Verde

No momento, policiais civis estão em diligências complementares

Postado em: 08-01-2024 às 15h04
Por: Luan Monteiro
Imagem Ilustrando a Notícia: Polícia prende padrasto de Pedro Lucas, menino desaparecido em Rio Verde
No momento, policiais civis estão em diligências complementares. | Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) confirmou a prisão de J.S.D.S, padrasto do menino Pedro Lucas, que desapareceu em Rio Verde no fim de 2023. No momento, policiais civis estão em diligências complementares e, por conta disso não há informações complementares.

Pedro Lucas está desaparecido desde o 1º dia de novembro após levar o irmão à escola. O delegado Adelson Candeo, responsável pelo caso, contou que a polícia recebe constantemente informações, fotos e vídeos de locais com supostas pistas do menino. Porém nenhum dado foi concreto.

Em entrevista recente ao O Hoje, o delegado afirmou que o foco voltou-se para a família ou alguém próximo. “Temporariamente, optamos por afastá-los do foco das investigações, visando abordar essas questões que traziam dúvidas acerca do desaparecimento dele, as quais não estavam relacionadas à família e necessitavam de esclarecimento”, afirmou o delegado.

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Ainda de acordo com o delegado, houve uma nova oitiva com os pais do menino em 19 de dezembro, na qual foram observadas várias contradições e discordâncias nas declarações da mãe da criança. Ele afirma que, ao todo, foram registradas 13 declarações do padrasto e 13 declarações da mãe, dentre essas, também se incluem afirmações de terceiros.

No entanto, é complicado distinguir o que pode ser considerado suspeito do que pode ser esquecimento, devido à passagem do tempo e à condição peculiar da mãe, que possui problemas mentais e déficit cognitivo. “É difícil separar a má intenção ou problema da mãe, da doença que ela enfrenta, assim como determinar qual é o tipo de envolvimento dela e como a doença afeta sua capacidade de responder às perguntas de forma clara e coerente.”, aponta Adelson.

Desaparecimento mais longo

“Não existe registro de ocorrência de uma criança desaparecida por tanto tempo, só de adulto tem. É um fato isolado, um fato único”, explicou o delegado. “É difícil voltar a todos os anos de Rio Verde, mas quem mora aqui há muito tempo não se lembra de um caso parecido”, completou.

Devido à demora da família para registrar o desaparecimento do menino, o delegado reforçou que isso dificultou a investigação da polícia. A criança desapareceu no dia 1º de novembro e a família só foi à polícia três dias depois e devido ao tempo decorrido, muitas imagens de câmeras de segurança se perderam.

Ele também informou que muitas pessoas já foram ouvidas, mas ainda não há informações concretas. A polícia irá seguir por novas linhas para apurar o paradeiro da criança. As informações não serão divulgadas para não atrapalhar as investigações.

Abrigo

O menino Pedro Lucas, foi levado para um abrigo em junho deste ano por conta de violência doméstica. Segundo apurado pela reportagem do O Hoje, a Polícia Militar (PM) foi acionada por vizinhos para atender um caso de violência doméstica na casa onde Pedro Lucas morava. Como relatado por vizinhos, a mãe do menino E.P.D.S, gritava por socorro na residência onde ela estaria sendo vítima de agressões.

Como narrado pelo Boletim de Ocorrência, registrado no 2º Batalhão de Polícia Militar (BPM) no dia 4 de junho de 2023, o padrasto de Pedro Lucas, J.S.D.S, estava agressivo e armado com uma arma branca (faca), e que as duas crianças que estavam na casa no momento estavam chorando muito.

Os agentes que atenderam à ocorrência relatam que o suspeito, ao perceber a presença da PM, jogou a faca pelo muro. Os policiais, então, encaminharam até a delegacia. Ainda de acordo com o B.O, o Conselho Tutelar foi acionado para levar as crianças que estavam na casa, incluindo Pedro Lucas, para um abrigo na cidade de Rio Verde.

Na época, a reportagem tentou contato com o Conselho Tutelar de Rio Verde que confirmou que Pedro Lucas e outra criança que estava na residência foram encaminhados para o abrigo. Conselheiros, no entanto, não informaram o período em que o menino ficou no local.

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