Mãe é vítima, diz delegado que investiga Caso Pedro Lucas

Padrasto já teria ameaçado a mulher com uma arma branca

Postado em: 10-01-2024 às 13h12
Por: Rauena Zerra
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O menino Pedro Lucas desapareceu no dia 1º de novembro I Foto: Divulgação

Em entrevista concedida ao jornal O Hoje, Adelson Candeo, delegado encarregado do caso do menino Pedro Lucas, afirmou que um contato foi estabelecido por uma promotora, com o objetivo de buscar a viabilização de uma ação contra a mãe da criança.  De acordo com ele, a medida pode ser proposta pelo Conselho Tutelar juntamente com o Ministério Público. Porém, ele afirma que a mulher não deve sofrer essa consequência nesse momento. “Entretanto, como ela (a mãe) não tem nenhum envolvimento com o crime, e possui uma certa submissão em relação ao padrasto, está mais perto de ser vítima do que de autora”, revelou Candeo. 

O delegado pontuou que medida só deve ser adotada caso, o padrasto de Pedro Lucas seja liberado e haja entendimento por parte do Ministério Público quanto à necessidade de remover as crianças da residência. “Obviamente vai ser diferente a situação, mas por enquanto não, essa medida de retirada dos filhos novamente não deve acontecer por enquanto”, afirmou. 

O delegado relatou também que a mãe do Pedro, teve os filhos acolhidos em julho do ano passado, quando a mulher  foi vítima de uma violência doméstica praticada pelo padrasto do Pedro Lucas. 

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Na ocasião, o homem teria ameaçado ela com uma arma branca e os vizinhos acionaram a polícia militar, em meio à tumultuada situação entre a mãe de Pedro Lucas e o padrasto, a filha do casal acabou se ferindo. “A filhinha deles, de um ano e nove meses, caiu e machucou a testa”, pontuou.

O Conselho Tutelar foi acionado e fez o acolhimento das duas crianças naquela ocasião. As crianças ficaram trinta dias morando na casa de abrigo temporário, sem contato com a mãe e com o padrasto.

Segundo as informações, as crianças foram resgatadas de um ambiente onde sofriam com falta de cuidados apropriados.. “Um ambiente absolutamente insalubre, mal cuidado, crianças muito mal cuidadas”, Relatou Adelson. 

O delegado revelou também que, durante esse tempo, o Pedro Lucas não permaneceu na casa de amparo temporário, pois ele não estava na residência da mãe do padrasto durante a ocorrência da confusão. Na verdade, o menino estava sob os cuidados da avó, caso contrário, teria sido levado para o abrigo juntamente com os irmãos também.

De acordo com a professora ouvida nas investigações,  durante o período que os irmãos foram levados ao abrigo, Pedro Lucas costumava se reunir com Davi, seu irmão mais novo,  durante as aulas, sendo o ambiente escolar o único local onde compartilhavam esses encontros, pois estudavam juntos à época. “Segundo a professora, foi um momento de muita tristeza e o Davi chorava o tempo inteiro que queria ficar perto do irmão”, finalizou Candeo.

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