Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Prefeitura admite que faltam recursos para asfaltar bairros

Secretário de infraestrutura precisou reduzir o planejamento para Goiânia

Postado em: 10-10-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Prefeitura admite que faltam recursos para asfaltar bairros
Secretário de infraestrutura precisou reduzir o planejamento para Goiânia

/Os projetos de asfalto esbarram na diminuição da previsão do orçamento da prefeitura neste ano

Felipe André*

Goiânia ainda sofre com a falta de asfalto em diversos bairros. A atual gestão se encontra em dívida com alguns setores que ainda reclamam da falta de asfalto, situação que ficou ainda pior com o registro de chuva dos últimos dias.

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O secretário de Infraestrutura, Dolzonan da Cunha Matos, que assumiu o cargo em abril deste ano quando substituiu Francisco Guedes, revelou que planeja asfaltar ao menos 29 bairros até o fim dessa gestão. Os projetos do secretário esbarram nos recursos disponíveis, a pasta tinha um planejamento para gastar cerca de R$ 50 milhões, porém precisou reduzir para R$ 26 milhões.

“Eu tinha uma programação de obras para esse ano que envolveria cerca de R$ 50 milhões, mas em função dos recursos que a Secretaria de Finanças poderia disponibilizar para a Infraestrutura, esse montante caiu para R$ 26 milhões. Eu reprogramarei as obras que poderia terminar, não é de meu feitio deixar as obras pela metade, todas que começamos estamos terminando”, garantiu Dolzonan Matos.

As reformas concluídas pelo secretário incluem 27 unidades de escolas municipais, 25 Centro Municipal de Educação Infantil (Cmeis) e oito Unidades de Pronto Atendimento (UPA). “Obras que estavam em mau estado de conservação, fizemos um serviço de troca de telhas, que não estavam com capacidade de absorver as chuvas, melhoramos a parte hidráulica, elétrica e as pinturas”, destacou o secretário.

Além do asfalto novo, Dolzonan frisou a quantidade de tapa buraco realizado em diversos bairros da Capital. “Vamos continuar com as manutenções para não deixar a cidade com buraco, estamos com uma equipe de 85 pessoas realizando uma média de 20 bairros por dia”, disse o secretário de infraestrutura.

Após asfaltar os 29 bairros planejados, a Prefeitura de Goiânia pretende realizar um levantamento das ruas faltantes e recapear cerca de 630 km de estrada na Capital. Os próximos bairros a receberem asfaltos são os bairros do Jardim Cerrado 1, 2, 3 e 4, no Condomínio Residencial Bertin Belchior I e II e Iris Ville. 

“Abrimos licitação para asfaltar o bairro Vale dos Sonhos 2 e João Paulo 2. Estamos preparando o edital para todos os bairros, de acordo com o recurso disponível vamos começando. Estamos levantando os diversos bairros, às vezes tem situação que falta uma rua, ou criaram uma rua nova, isso nós vamos analisando”, encerrou o secretário.

Ligação entre bairros

A Prefeitura de Goiânia inaugurou, na última semana, 600 metros de asfalto em pista dupla com nove metros de largura, na Avenida Antônio Crispim que liga os setores Grajaú e Santa Fé, na região sudoeste da capital. O valor gasto ultrapassou a marca de R$ 1 milhão e ao contrário do que indica em seu site oficial, não teve nenhuma ajuda de iniciativa privada, conforme informou o secretário de Infraestrutura, Dolzonan Matos.

“Utilizamos a mão de obra própria da Seinfra. Os recursos foram da prefeitura. Gastamos mais de R$ 1 milhão, pois foi feito o serviço de drenagem, além da parte de plantio de árvores no canteiro central e concluímos o meio fio e sarjeta”, revelou Dolzonan.

Menor investimento

A Prefeitura de Goiânia cortou em cerca de 40% o seu investimento comparado com o ano de 2017, já que conta com um déficit primário de R$ 26 milhões para este ano. O déficit significa que o dinheiro disponível não será o suficiente para o pagamento de pessoal e investimento, além de operações financeiras, como empréstimos bancários. A renda da prefeitura é gerada através de impostos e transferências de estado e da União.

Para título de comparação, o investimento previsto para 2017 ficava na casa dos R$ 845 milhões e foi reduzido para R$ 507 milhões. O principal motivo seria a não realização de um financiamento, previsto em US$ 100 milhões, com a Corporação Andina de Fomento, um banco de desenvolvimento. (Felipe André é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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