Clube onde criança se afogou não tem alvará de funcionamento

O Centro aquático, onde um menino de 6 anos morreu afogado, não possui alvará de funcionamento concedido pelo Corpo de Bombeiros

Postado em: 16-10-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O Centro aquático, onde um menino de 6 anos morreu afogado, não possui alvará de funcionamento concedido pelo Corpo de Bombeiros

Raunner Vinícius Soares*

O clube, no setor Jaó, não possui alvará de funcionamento já que o mesmo venceu em setembro deste ano.  De acordo com o Corpo de Bombeiro de Goiás, não têm formas de fiscalizar o clube o ano inteiro, a Corporação só tem uma base a partir desta única fiscalização que não foi solicitada pelo Clube Jaó.

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Segundo o Corporação, tem que ter um guarda-vidas num raio de ação de 100 metros. A quantidade, num determinado local, de guarda-vidas é definida pelo seu raio de ação, de forma que seja clara, e assim garantir a segurança do banhista e havia uma agente no local que confirmou a presença deste profissional. O Corpo de Bombeiros disse que havia uma agente de folga no clube que confirmou ter salva-vidas suficientes segundo a norma da Corporação.

Os guarda-vidas deverão agir de forma proativa e preventiva, orientando os banhistas, principalmente os pais das crianças desacompanhadas dos mesmos. Deverão realizar rondas constantes em seu raio de ação. A corporação cobra que estes profissionais tenham formação teórica e prática por uma empresa pré-avaliada. “Estarão aptas a formar guarda-vidas as empresas devidamente credenciadas no CBMGO, obedecidas às legislações vigentes.”

O profissional guarda-vidas em serviço deve estar devidamente identificado com uniforme que o caracterize como tal, com camiseta possuindo nas costas a inscrição GUARDA-VIDAS. E segundo a agente, o Clube Jaó possuía.

Além do mais, uma das principais dicas do Corpo de Bombeiros nessas situações é que os pais ou responsáveis mantenham as crianças sob constante vigilância. “Qualquer descuido pode ser fatal, já que o guarda-vidas está lá para vigiar todo mundo. Nem sempre ele consegue ver tudo.”

Acidente

O afogamento ocorreu neste domingo (14), onde uma criança de 6 anos de idade morreu em uma das piscinas do clube. O menino permaneceu submerso entre 6 e 10 minutos, foi removido inconsciente da água, chegou a ser submetido aos trabalhos de reanimação iniciados por uma médica e um socorrista que estavam no local em horário de lazer, porém, foi constatado o óbito, cerca de uma hora depois.   

De acordo com a Corporação, a equipe foi acionada às 18h de domingo e, quando chegaram ao local, a criança, de 6 anos de idade, já havia sido retirada da água. Uma médica fazia manobras para reanimar a vítima e logo o Corpo de Bombeiros tomou conta do caso.

Em nota de pesar, o Clube Jaó lamentou a morte da criança que se afogou em uma das piscinas do estabelecimento e decretou luto oficial de cinco dias. O clube informa que está prestando assistência à família da vítima e se coloca à disposição para prestar esclarecimentos para os órgãos públicos competentes e ainda reforça que sua equipe de segurança prestou os primeiros socorros e que o Corpo de Bombeiros e o Samu foram acionados. (Raunner Vinícius Soares é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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