Parada, sede da Assembleia Legislativa vai custar R$ 170 milhões

Projeto paralisado desde 2015 pode ser retomado ainda na gestão atual

Postado em: 16-10-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Projeto paralisado desde 2015 pode ser retomado ainda na gestão atual

Felipe André*

A construção da nova sede da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, que será localizada no Park Lozandes, na região Leste de Goiânia, está em processo final para ser retomada. Com um gasto que irá ultrapassar R$ 170 milhões, a obra deve ser a cartada final do presidente da Assembleia, José Vitti (PSDB), já que sua gestão se encerra no dia 31 de janeiro de 2019. Ao menos, é isso que o grupo responsável formado por Vitti espera.

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O projeto teve início em 2005, quando foi anunciado. Desde então foi paralisado em algumas oportunidades, sendo a última delas em 2015 com a rescisão do contrato com a antiga construtora.  Anderson Máximo de Holanda é o presidente do grupo que cuida do projeto, tendo também um representante da secretaria de contratos, da área financeira, secretaria de obras e uma pessoa para gerenciar as licitações da Casa.

“O contrato com a antiga construtora foi rescindido de maneira amigável em 2015, por atraso de pagamento e alguns problemas na execução, foi uma decisão bilateral. A partir de então o grupo foi criado com a preocupação de terminar a base do projeto, para evitar gastos extras. Realizamos os projetos complementares, como na área elétrica, hidráulica e estrutural para não ter nenhuma incompatibilidade com a empresa que for realizar”, disse Anderson.

A intenção do grupo é de que a ordem de serviço para retomar as obras seja assinada antes que gestão atual acabe. O prazo pode variar do meio de dezembro até dia 31 de janeiro, tudo irá depender se caso uma empresa for derrotada no processo de licitação se ela irá entrar na Justiça para tentar para a obra. Apesar da baixa possibilidade, Anderson prefere trabalhar com a cautela que pode acontecer.

“Estamos lutando contra o tempo, essa semana esperamos que avance a minuta. Até o final do mês temos que estar com tudo pronto para lançar a licitação. Temos então 45 dias legais para que haja o processo para escolher a melhor proposta para poder executar o contrato. A gente acredita que o presidente retome a obra, que ele possa assinar a ordem. Pode acontecer de uma empresa derrotada no processo da licitação entrar na Justiça e parar as obras. É um projeto maduro que tem todos os complementares, não vai faltar nada do hidráulico a acessibilidade”, explicou Anderson.

Gastos e término de obra

A obra que teve início em 2005 pode ser concluída em 2021, isso se claro der tudo certo. A previsão é que caso seja retomada até o dia 31 de janeiro e não falte dinheiro, a nova sede da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás estaria pronta em 26 meses, finalizando assim em março de 2021.

Até hoje, R$ 24.625.248,76 foram gastos desde 2005. Entretanto para a reta final a Assembleia ainda irá gastar cerca de R$ 147 milhões, somando assim R$ 171.625.248,76, mas vale ressaltar que tudo isso irá depender do fluxo de caixa, se faltar dinheiro as obras podem ser paralisadas novamente.

Em agosto deste ano o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás aprovou as adequações para o projeto da nova sede que impactavam de maneira direta a continuidade da obra. Na época o tenente Raphael Paiva Justo explicou que devido a complexidade da obra a aprovação foi feita de maneira rápida.

“A equipe da Assembleia esteve aqui ao nosso lado em várias reuniões, sempre disposta a entender as demandas necessárias para essa conformidade, seja de análise, aprovações ou retorno das solicitações, e todas foram muito bem encaminhadas permitindo que finalizássemos o processo de análise de maneira célere”, afirmou o tenente.

A construção da nova sede da Alego irá disponibilizar a área de preservação ambiental do Bosque dos Buritis, que será entregue à Prefeitura de Goiânia para proteção da fauna e flora. (Felipe André é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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