Segunda-feira, 22 de julho de 2024

SBD discute tratamentos para as doenças disponibilizados no SUS

A campanha de conscientização é uma alusão ao Dia Mundial da Psoríase

Postado em: 17-10-2018 às 14h08
Por: Patrick Wallison
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A campanha de conscientização é uma alusão ao Dia Mundial da Psoríase

 A psoríase causa lesões arredondadas, vermelhas e descamativas que muitas vezes geram preconceito e diminuem a qualidade de vida dos pacientes (Foto: Reprodução)

Da Redação

A psoríase é uma doença relativamente comum no Brasil. De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) entre 2015 e 2016 a prevalência no Brasil varia entre 1,10 e 1,50%, com grande variabilidade entre as regiões: 0,92% (Norte) e 1,88% (Sudeste). Além disso, é uma doençainflamatória crônica, imunomediada e não contagiosa, que pode afetar o corpo todo, principalmente os joelhos, cotovelos, mãos, pés e o couro cabeludo. 

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A mensagem principal da campanha é ressaltar, que apesar da psoríase ainda não ter cura, tem controle e tratamento para a melhora da qualidade de vida dos pacientes. O protocolo clínico da doença evoluiu muito nos últimos anos e vai além dos medicamentos tópicos, como cremes, loções e shampoos. Dependendo do grau, que pode ser leve, moderada ou grave, existem outras formas de cuidar do paciente. A fototerapia, os medicamentos sistêmicos tradicionais e os injetáveis (biológicos) são indicados nos tipos de psoríase moderada a grave.

Para realizar o diagnóstico e a escolha do tratamento adequado para cada caso é necessário procurar um médico dermatologista da SBD nas unidades de saúde do SUS ou no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Ao agendar uma consulta pela primeira vez, pergunte se a clínica ou consultório tem médicos especialistas com foco em tratamentos de doenças crônicas, como a psoríase. A dermatologia é uma especialidade abrangente e o profissional pode se especializar ou se dedicar a diversas áreas da profissão”, pondera Caio Castro, Coordenador Nacional da Campanha de Psoríase da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Em geral, a psoríase causa lesões arredondadas, vermelhas e descamativas que muitas vezes geram preconceito e diminuem a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, a SBD alerta que a psoríase tem controle e não deve ser motivo de preconceito e nem impedimento de praticar atividades. “O esclarecimento das dúvidas da população é uma forma de minimizar o preconceito e de valorizar a autoestima dos pacientes”, salienta Claudia Maia, médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

É válido lembrar que ainda não se sabe a causa da doença, no entanto, existem gatilhos que fazem a doença entrar em atividade, como estresse, traumas físicos, fumo, infecções e uso de algumas medicações.

Medicamentos imunobiológicos para psoríase serão disponibilizados no SUS

Após cerca de dez anos de ações junto ao Ministério da Saúde pela melhoria no tratamento da psoríase, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) obteve importante vitória recentemente, na última quinta-feira (11), com a recomendação de quatro medicamentos imunobiológicos para o tratamento da doença.

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) avaliou o resultado da Consulta Pública n. 26, realizada em junho, e recomendou inicialmente a incorporação ao SUS dos medicamentos adalimumabe, secuquinumabe, ustequinumabe e etanercepte para o tratamento da psoríase moderada a grave em pacientes que apresentam falha terapêutica ou contraindicação ao uso das terapias tradicionais.

“Isso significa uma grande vitória da SBD e do Ministério da Saúde para os pacientes acometidos pela psoríase”, afirma a Dra. Claudia Maia, médica dermatologista da SBD.

 

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