Moradores buscam os arranha-céus

Felipe André* 

Após a construção do Órion – Business & Health, um novo prédio arranha-céu vai chegar em Goiânia em setembro de 2019. O Kingdom Park Residence vai se tornar o maior prédio residencial no Centro-Oeste. Investimentos que eram comuns em São Paulo e que recentemente chegou a Balneário Camboriú em Santa Catarina, estão “aterrisando” na capital goiana.

Desde 2007 Goiânia começou a receber prédios cada vez mais altos, com a aprovação do Plano Diretor. Tudo isso se deve a mudança na legislação que alterou a regra que estabelece a altura dos prédios na Capital. Agora, na hora de construir precisa atender a solicitação que quanto maior a altura, maior tem de ser o afastamento da torres em relação à vizinhança. 

Outra condição é que um grande edifício só pode ser erguido em região onde há vias que comportem um grande fluxo de veículos, já que um maior número de pessoas irá acessar o grande empreendimento. “Os edifícios residenciais que antes tinham até 20 andares, passaram do 30° andar, e geralmente os andares mais altos são os primeiros a serem vendidos”, conta Ricardo Teixeira, diretor de uma empresa imobiliária da cidade.

Segurança

O novo prédio residencial vai ter 175,09 metros de altura com 53 pavimentos, sendo 45 residências tipo, e uma cobertura duplex, passou por uma série de testes para checar a segurança. O projeto contou com um ensaio em túnel de vento para validar a estrutura projetada inclusive em caso de rajadas de ventos de até 120 quilômetros por hora, velocidade mais intensa das rajadas já registradas da Capital pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). 

“Os testes permitiram prever o comportamento da estrutura face aos efeitos do vento de maneira mais próxima da realidade, levando em conta o formato do prédio, a topografia e as construções existentes no entorno”, explicou Gabriel Borelli Martins, pesquisador do IPT.

Lazer

A parte de cima do prédio é uma diversão a parte, enquanto o Órion aposta em um restaurante, o Kingdom Park Residence deixa o lazer “nas alturas”. Para que o privilégio de observar a capital goiana não fique reservado ao dono da cobertura.

“A parte de cima do prédio geralmente é mais ventilada, arejada e contemplativa, então, direcionamos a área de lazer para as alturas, assim, a vista não seria exclusiva aos moradores daqueles pavimentos”, explica Marcelo Borges, diretor da Terral Incorporações.

Restaurante

Além dos arranha-céus um empreendimento gastronômico localizado no topo do Órion – Business & Health mostra todo o charme da capital goiana aos pés dos clientes e visitantes. O dono do restaurante, Ian Baiocchi revelou que a ideia não foi estudada e planejada, mas realizada de “supetão” como o mesmo descreve.

“Começamos a primeira ideia no evento da Casacor, no topo do Órion. Somos parceiro do evento tem quatro anos e nesse ano apareceu essa oportunidade. Não foi nada pensado mesmo, bem de supetão. Testamos na Casacor e deu certo, decidimos manter”, explicou Ian Baiocchi.

Apesar da ideia ter sido de última hora, a criação do restaurante foi bem pensada. Assim como estabelecimentos em São Paulo, Ian explicou que a maior prioridade foi o conforto para os clientes além do charme de construir um bar a céu aberto, o que se torna um risco em dia de chuva.

“Priorizamos o conforto do cliente tanto que é um restaurante com grande espaço, mas que comporta poucos lugares, quem quiser pode andar a vontade. O restaurante é coberto menos a parte do bar, acredito que se fechar a parte do bar perde o charme então trabalhamos com esse risco e quando o chove o bar não abre. Certeza que tem virado uma tendência, em São Paulo os empreendimentos nos topos dos prédios são sempre badalados”, encerrou o dono do Grá Bistrô Rooftop.