Goiás investe no combate ao câncer por meio de hospitais especializados

Neste ano, o Estado deve ganhar o primeiro hospital público exclusivamente voltado ao tratamento contra o câncer

Postado em: 05-02-2024 às 10h24
Por: Alexandre Paes
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Neste ano, o Estado deve ganhar o primeiro hospital público exclusivamente voltado ao tratamento contra o câncer | Foto: Divulgação/SESGO

A construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (CORA) é um exemplo da preocupação do estado de Goiás com a assistência oncológica. Inspirado no Hospital de Amor de Barretos, o Cora será referência para todo Brasil, com oferta de tratamento para crianças e adultos, além de exames para diagnóstico. Serão 148 leitos adultos e pediátricos e mais de 427 milhões investidos pelo Tesouro Estadual. Lançado em fevereiro de 2023, o hospital já tem mais de 40% das obras concluídas. 

A nova unidade vai se somar ao Hospital Estadual do Centro Norte (HCN), em Uruaçu, e ao Hospital Estadual São Marcos, de Itumbiara, como unidades da gestão estadual que possuem serviço de Atenção Oncológica. O investimento na rede de atendimento, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), tem objetivo de melhorar o acesso à prevenção e tratamento da doença. Neste domingo (04/02), é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer. 

Em 2023, Goiás registrou 14.389 casos de internação por câncer, destes 2.012 casos de mulheres com câncer de mama e 873 mulheres foram diagnosticadas com câncer de colo de útero. Neste mesmo período foram 1.869 casos de câncer de pele no estado, seguido de 1.473 de cólon, 1.190 de próstata e 1.135 de estômago, em ambos os sexos.

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Teste genético

Recentemente, a SES também anunciou que, em parceria com a UFG, permitirá a realização de sequenciamentos genéticos para detecção precoce das mutações que causam câncer de mama e/ou ovário pelo SUS. O cronograma do projeto prevê que o atendimento inicie pela Policlínica de Quirinópolis, na Macrorregião Sudoeste, atendendo pacientes das Macrorregiões de Saúde Sudoeste I e Sudoeste II. Posteriormente, o teste genético deve chegar a todas as mulheres e seus familiares, que atendam aos requisitos, com predisposição para estes tipos de câncer. 

O trabalho promove a conexão entre a atenção primária e atenção especializada (ambulatorial e hospitalar), aprimorando a jornada de atenção integral à saúde da mulher por meio de compartilhamento do cuidado e amplia a Rede de Biópsia por meio de Punção por Agulha Grossa. 

Todo este processo será realizado de maneira criteriosa, por isso serão realizadas capacitações para os profissionais médicos, enfermeiras e áreas administrativas das Policlínicas Estaduais, bem como de médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde da Atenção Primária (UBS). “Em caso positivo para o câncer, a paciente fará o chamamento dos familiares, que poderão realizar o teste de sequenciamento genético de forma gratuita, a partir de uma amostra de sangue, para descobrirem se também têm a predisposição para a doença”, frisou o secretário Rasível dos Reis.

O exame analisa todos os genes BRCA 1 e 2, permitindo a identificação de mutações que podem causar câncer de mama e ovário. Ele pode ser feito a partir de uma simples amostra de sangue ou do DNA. Com o diagnóstico, é possível estabelecer uma rotina personalizada de rastreio de câncer, com maiores chances de cura e mais qualidade de vida para o paciente.

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