Após descoberta de fraude em ponto eletrônico, Detran-GO afasta 16 servidores

Alguns dos servidores envolvidos no esquema de fraude apresentaram atestados médicos e declarações de doação de sangue, quando descobriram a ação investigativa

Postado em: 05-02-2024 às 12h14
Por: Matheus Santana
Imagem Ilustrando a Notícia: Após descoberta de fraude em ponto eletrônico, Detran-GO afasta 16 servidores
Aqueles que estiverem envolvidos no esquema dos “servidores turistas” estão sujeitos a penalidades | Foto: Divulgação/ Secom

Foram identificados pelo Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO), 16 servidores envolvidos em um esquema fraudulento de ponto eletrônico. As fraudes foram descobertas após investigações internas do órgão durante todo o ano de 2023 e início deste ano, às ações começaram após diversas denúncias.

Segundo o Detran, em janeiro deste ano já foram 7 servidores identificados cometendo a prática delituosa. O ocorrido será enviado para a Polícia Civil de Goiás (PCGO), que investigará o caso.

“Havia muitas reclamações, tanto na corregedoria quanto na ouvidoria, de funcionários fantasmas. Então cortamos o ponto web, mas mesmo assim conseguimos identificar 7 servidores que estavam agindo de forma irregular”, relata o presidente do Detran, Waldir Soares.

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O presidente do Detran também explica que as fraudes aconteciam de duas formas. A primeira aconteceu quando os servidores batiam o ponto, e iam embora para casa, deste modo recebendo sem trabalhar. A outra situação era os servidores que batiam o ponto para colegas de trabalho.   

“Inclusive, o nosso Serviço de Inteligência chegou em uma gerência na qual deveriam ter 40 funcionários e tinham apenas 10 trabalhando”, conclui Waldir Soares.

Ainda segundo o presidente do Detran, alguns dos servidores envolvidos no esquema de fraude apresentaram atestados médicos e declarações de doação de sangue, quando descobriram a ação investigativa.

Aqueles que estiverem envolvidos no esquema dos “servidores turistas” estão sujeitos a duas penalidades: os comissionados podem ser demitidos se confirmadas as irregularidades, enquanto os efetivos poderão passar por sindicância e responder processos administrativos.

O crime praticado pelos funcionários se enquadra como falsidade ideológica, estelionato e formação de quadrilha. Os crimes podem chegar a uma pena de até 13 anos de reclusão.

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