Osteoporose é uma doença que já atinge 10 milhões de brasileiros

Semana de combate à doença ressalta a importância de iniciar a prevenção ainda na infância. Doença é tratável e associada a mudanças hormonais e nutricionais atreladas à idade

Postado em: 23-10-2018 às 16h20
Por: Katrine Fernandes
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Semana de combate à doença ressalta a importância de iniciar a prevenção ainda na infância. Doença é tratável e associada a mudanças hormonais e nutricionais atreladas à idade

Da Redação

No último sábado (20) foi comemorado o Dia Mundial de Combate à Osteoporose, mas as ações  de prevenção sobre a doença metabólica do tecido ósseo se estendem durante toda a semana de conscientização. No Brasil, 10 milhões de pessoas já sofrem com a doença e, segundo estudo divulgado pela Fundação Internacional de Osteoporose (IOF, sigla em inglês), até 2050 as fraturas osteoporóticas devem aumentar em 32%.  

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Segundo o médico ortopedista do Centro de Ortopedia Especializada (COE Goiânia), Regis Castro, o aumento de registros da doença no Brasil e no mundo se dá pelo aumento da expectativa de vida da população. “As pessoas estão vivendo mais no mundo todo, ou seja, nossa pirâmide de faixa etária mudou seu padrão, ela se alargou. Temos mais pacientes idosos do que tinha há 20 anos e até 2050 estima-se aumento de 32% nos casos de osteoporose, além de fraturas de fêmur com incidência bem maior. Hoje em dia uma em cada três das mulheres acima de 65 anos tem osteoporose, principalmente as mulheres brancas, e quando a idade é acima dos 75, mais de 60% vão ter osteoporose”, afirma. 

A osteoporose é caracterizada pela perda gradual de massa que enfraquece os ossos por deterioração da microarquitetura tecidual e que tem como consequência a diminuição da quantidade óssea, tornando-os frágeis e suscetíveis às fraturas. 

Muitas vezes, nos estágios iniciais da osteoporose, a perda de massa óssea não causa sintomas, por isso pessoas dentro dos grupos de risco precisam consultar um médico ortopedista regularmente. “Pessoas brancas, com histórico de doença osteoporótica na família, que fazem uso de corticoide ou outras medicações que inibem a produção de osteoclastos ou osteoblastos e que fazem uso corriqueiro de álcool ou tabagismo são alguns casos que pode se suspeitar”, explica Regis.

Normalmente, a doença é diagnosticada após uma fratura, mas a doença deve ser diagnosticada mais no início, principalmente com o acompanhamento de alguns médicos. As fraturas osteoporóticas são fratura de punho, fratura de úmero proximal, fratura de costela, fratura vertebral e fratura de fêmur. Quando temos paciente idoso com alguma dessas fraturas deve-se obrigatoriamente investigar osteoporose.

No caso das mulheres, o ginecologista é o primeiro especialista a suspeitar da doença. “A osteoporose atinge mais as mulheres por uma simples razão. Quando chegam à menopausa há uma alteração hormonal com a queda do estrógeno e essa queda faz aumentar a quantidade de osteoclasto, célula responsável pela reabsorção óssea, então ela vai perdendo mais osso após a menopausa”, pontua o médico ortopedista.

Segundo Regis, as principais formas de prevenção da doença para a população de forma geral é ter uma alimentação equilibrada e rica em cálcio, principalmente ingerindo leite e derivados de leite na infância e início da vida adulta. Além disso, é indicado tomar sol para sintetizar a vitamina D, daí a importância de as crianças brincarem ao ar livre. E em qualquer idade, é importante praticar atividade física regularmente.

 

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