Goiás recebe 72.818 mil doses da vacina contra a dengue

Goiás tem aumento de quase 100% de casos notificados de dengue nos primeiros cinco semanas do ano

Postado em: 09-02-2024 às 12h00
Por: João Victor Reynol de Andrade
Imagem Ilustrando a Notícia: Goiás recebe 72.818 mil doses da vacina contra a dengue
A Superintendente ainda disse que as primeiras doses da vacina da dengue irão chegar até nesta sexta-feira (09) | Foto: SES-GO

Goiás recebeu na tarde desta quinta-feira (8) o primeiro lote de 72.818 mil doses da vacina contra a dengue (Qdenga). A distribuição das doses vai começar na sexta-feira (9/02), conforme comunicado da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás. A pasta se reúne com secretários de saúde dos municípios na manhã desta sexta-feira.

A dengue é uma doença tropical que possui épocas de surtos com aumento gradual de casos, em específico, durante a chegada até o fim do período chuvoso, entre outubro e abril, com a estabilização dos casos na chegada da estiagem. 

Isso se deve porque o principal vetor da doença é o mosquito da dengue, Aedes Aegypti que depende da umidade e de poças de água para se proliferar, contudo, este ano de 2024 está em curso para ser um dos mais numerosos em quantidade de casos só na primeira metade deste ano.

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Em uma conferência feita na manhã desta quinta-feira (8) foi revelado pela Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO) que o estado já possui quase 30 mil casos notificados da doença, sendo que deste número os casos confirmados são mais de 11 mil só nas primeiras cinco semanas do ano. Se comparado com a quantidade de casos notificados no mesmo período do ano anterior, que é pouco menos que 15 mil, isso é um aumento dos casos de quase 100%.  

Por causa disso, foi decretado um estado de emergência a nível estadual bem como o reconhecimento de estado de epidemia do vírus em Goiás, além disso, 61 municípios estão em estado de crise com a criação de 52 gabinetes para lidar com o problema. Com isso, um grande fator que ainda preocupa as autoridades é a alta taxa de contaminação da dengue tipo 2  que tem presença de cerca de um terço dos casos, popularmente conhecida como dengue hemorrágica, que pode ser perigoso para crianças, idosos e pessoas com comorbidades.

Segundo Flúvia Amorim, a Superintendente de Vigilância e Saúde, até então o ano de 2022 era considerado o pior ano de dengue pelo alto números de casos registrados no surto. Porém, ela diz que o ano de 2024 está tendo uma escalada de casos como não vista antes e pode resultar no pior ano de dengue, zika e chikungunya para o País.

Como exemplo, já faleceram seis pessoas com a morte confirmada pela doença segundo a saúde do Estado, sendo duas pessoas de Uruaçu, uma jovem que possuía diabetes, Águas Lindas e uma idosa de Iporá. Entretanto, a principal estratégia do estado para a contenção da dengue ainda é no combate do mosquito vetor do vírus apesar do aumento dos casos confirmados e das mortes. 

De acordo com a Superintendente, as ações de campanhas educativas, fiscalizadoras, e sanitárias vão ser as principais formas de combater a dengue enquanto não há o repasse da vacina. “A nossa principal forma de combate é impedir que o mosquito naça, é fazer a população entender que quando evitamos o nascimento nós diminuímos a infestação e diminuímos a transmissão”, diz a mulher. 

Além da dengue, é registrado uma alta de casos do vírus da zika, pelo SES com 59 casos confirmados, sendo 4 deles em gestantes. Vale lembrar que ambos os vírus da zika e da dengue são transmitidos pelo mesmo inseto, por isso a necessidade do combate do mosquito para a diminuição dos casos.  

Sobre isso, foi divulgado pelo jornal O HOJE neste dia 07 da ação municipal pela prefeitura de Aparecida de Goiânia do mutirão que ocorre em bairros para diminuir a infestação de mosquitos da dengue em residências na cidade. A reportagem, foi divulgada que cerca de 200 agentes da vigilância ambiental, saúde e sanitária fizeram mais de 3 mil visitas e constam mais de 70% dos criadouros eram de residências.

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