Trabalhos de combate à Dengue são intensificados em Goiânia

Mais de 400 agentes começaram ontem (25) combate à proliferação do mosquito Aedes Aegypti e conscientização dos moradores. De acordo com os dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), neste ano, em Goiânia, foram notificados 25.900 casos de Dengue e 15 mortes confirmadas proveniente desta doença; 1 caso de Chikungunya; e 512 casos de Zica Vírus. Reforçando a necessidade do combate à este vetor que carrega três variedades de vírus.

As ações envolvem a fiscalização de focos, aplicação de inseticida contra o mosquito e conscientização dos moradores. Os agentes de combate às endemias vão atuar primeiramente nos bairros mais afetados e com maior número de casos notificados em cada uma das sete regiões de Goiânia. 

De 25 de outubro a 1º de novembro os agentes visitarão mais de 77 mil imóveis nos bairros: Jardim Guanabara, Urias Magalhães, Jardim Nova Esperança, Parque Tremendão, Leste Vila Nova, Jardim Mariliza, Jardim Novo Mundo, Setor Santos Dumont, Parque Industrial João Braz, Jardim América, Residencial Itaipu e Santa Fé.  A programação do trabalho de combate à dengue continua semanalmente em todas as regiões da Capital. 

De acordo com a Fluvia Pereira Amorim, superintendente de vigilância e saúde, a prevenção contra o mosquito da dengue é realizada durante todo o ano, mas o trabalho será reforçado a partir de agora devido a chegada do período chuvoso. “A ação visa reduzir os efeitos que a chuva pode causar no aumento de criadouros do mosquito e manter os índices de infestação baixos na Capital”, explica a superintendente.

Fluvia Amorim diz que Dengue é um dos principais problemas de saúde pública do município porque, segundo ela, dos 26.413 casos de doenças provenientes do vetor, Aedes Aegypti, 25.900 são de Dengue. “Não temos pesquisa nesta área que justifique o porquê a maioria dos casos são de Dengue, mas estamos vendo junto a Universidade Federal de Goiás o inicio de uma pesquisa”, informa superintendente de vigilância e saúde.

Aedes Aegypti

O vetor está bem adaptado a zonas urbanas, mais precisamente ao domicílio humano, onde consegue reproduzir-se e pôr os seus ovos em pequenas quantidades de água limpa e parada, isto é, pobres em matéria orgânica em decomposição e sais (que confeririam características ácidas à água), que preferivelmente estejam sombreados e no peridomicílio.

No entanto, o mosquito pode se reproduzir em águas com altos níveis de poluição, como o esgoto por exemplo. A fêmea observa vários fatores influenciáveis ao crescimento das larvas, como a temperatura, luminosidade e resquícios de matéria orgânica. As larvas do Aedes são sensíveis à luz, o que faz com que se desenvolvam bem em águas turvas. (Raunner Vinicius Soares é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)