Afogamentos no Estado de Goiás crescem 250% em outubro

Das sete crianças afogadas em Goiás neste mês, quatro faleceram

Postado em: 31-10-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Das sete crianças afogadas em Goiás neste mês, quatro faleceram

O último caso foi quando uma criança caiu em um tanque de peixes em São Luís dos Montes Belos

Thiago Costa

O crescimento dos números de afogamentos em Goiás fez subir a média de dois para sete o número das estatísticas em Goiás no mês em outubro. Se comparado com os outros meses de 2018, essa estatística representa um crescimento de 250%. Esses números preocupam o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), já que para um afogamento não acontecer, basta ter atenção. 

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Só em outubro sete crianças entre zero e 11 anos foram vítimas de afogamentos no Estado. Em coletiva de imprensa convocada justamente pelos altos números de casos registrados em Goiás, o assessor de comunicação e Tenente Coronel Fernando Caramaschi ressaltou a importância da vigilância dos pais e responsáveis e disse que o contato imediato com o Corpo de Bombeiros e ter no local alguém que saiba proporcionar à vítima os primeiros socorros, pode ser decisivo para salvar a pessoa. 

“Afogamento não é um acidente. Quando isso acontece, falta algum tipo de prevenção. Nesse caso de crianças, a solução é a observação por conta dos responsáveis. Precisamos trazer a responsabilidade para o papai e para a mamãe, para que eles acompanhem suas crianças em períodos de lazer, para que acidentes dessa natureza não aconteçam”, afirmou o Tenente. 

Caramaschi alerta que em uma situação de afogamento, o tempo é primordial para salvar a vítima, mas que as pessoas demoram muito para pedir o socorro. Com cinco minutos sem oxigenação, o cérebro já começa a apresentar alguns problemas que podem ser irreversíveis e que, mesmo com a presença de salva vidas, os responsáveis devem sempre estar atentos.

Nesta segunda-feira (29) morreu em São Luís dos Montes Belos, região central de Goiás, uma menina de cinco anos que se afogou em um lago de um pesque-pague da cidade. A criança, que brincava perto dos pais quando houve uma dispersão no momento que a família organizava a mudança para outro local, caiu em um dos tanques de peixes. Os socorristas foram acionados e até conduziram a menina ao hospital, mas ela não resistiu e morreu após complicações.

O Corpo de Bombeiros tem um programa voltado a orientar toda a população para que o conhecimento de pessoas comuns possa salvar vidas nessas condições de afogamentos. O programa “Capacitar para Salvar” é totalmente gratuito e as inscrições podem ser feitas no site do órgão. 

Ainda de acordo com o Tenente Coronel, “os trabalhos com as crianças são de conscientização para o uso dos coletes salva vidas, que existem em diversos tamanhos, se adequando para cada situação. Eles são categorizados por pesos e alguns por altura. É necessário que as pessoas façam o uso deste dispositivo de segurança, pois é ele que vai garantir a segurança do adulto, mas as crianças, além do uso do colete, é necessário sempre a vigilância dos responsáveis”, afirma o profissional.

Os riscos de afogamentos podem acontecer também em casa, em um balde, como aconteceu recentemente que uma criança se afogou numa quantidade baixa de água armazenada em um balde. Cinco centímetros de água, de acordo com o assessor de comunicação, pode matar uma criança.  

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