Obras se arrastam e Paço adia outra vez entrega de hospital

Após 6 meses parada, Maternidade Oeste vai atrasas em mais 7 meses

Postado em: 09-11-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Após 6 meses parada, Maternidade Oeste vai atrasas em mais 7 meses

Felipe André*

As obras do Hospital e Maternidade Oeste, que está sendo construída no Setor Vera Cruz I e ficaram paralisadas por seis meses, sendo retomadas em julho, ainda não chegaram na metade. A Elmo Engenharia, empresa responsável, e a Prefeitura de Goiânia chegaram a um acordo após assinar um Termo de Reinício no dia 29 de junho e o prazo para a entrega foi transferido para o segundo semestre de 2019. O prazo inicial era para dezembro deste ano.

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A Controladoria Geral da União (CGU) autorizou o município a fazer nova prorrogação, sem custos adicionais. A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia esclareceu que 41% das obras estão concluídas.

A maternidade em sua parte interna que contará com três andares, poderá realizar cerca de 800 partos por mês, vai contar com 179 leitos, sendo 62 de obstetrícia, 23 de ginecologia, 31 leitos pediátricos, dez de Unidade Terapia Intensiva (UTI) neonatal, nove leitos de cuidados intermediários UCINCo, cinco leitos UCIN/Canguru, cinco berçários, duas salas de observação pediátrica, duas salas de intercorrência pediátrica, oito leitos de observação, duas salas de emergência, cinco salas de recuperação pós-anestésica e 15 salas de parto normal.

O Hospital e Maternidade Oeste contará com 15 mil metros quadrados de área construída e, depois de pronta, atenderá moradores de toda Goiânia, em especial das regiões Oeste, Campinas, Sudoeste e Centro. O investimento é de mais de R$ 49 milhões. A obra é uma parceria com o Governo Federal, que divide os gastos com a Prefeitura de Goiânia.

A assistência à saúde da mulher vai contemplar ainda programas como prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), prevenção de câncer, além de oferecer especialidades desde o pré-natal até a assistência à mulher e ao recém-nascido. A equipe de construção será composta por 60 profissionais. No decorrer do trabalho, o canteiro de obras terá até 100 pessoas envolvidas.

De acordo com Cleber de Sousa Santos, de 50 anos, que é responsável por um comércio na região da obra há mais de 30 anos, as obras podem facilitar para a população da região. “Não tem muita opção perto, se a gente precisar de médico o que tem é a UPA, mas é muito longe. Com isso aqui, ficaria muito melhor para a gente e para todas as cidades aqui perto”, contou ao jornal. 

Paralisação

A construtora solicitou a paralisação após a prefeitura não arcar com os pagamentos, apesar da parte investida pelo Ministério da Saúde estar em dia. Um pagamento no valor de R$ 800 mil por parte da prefeitura, fez com que as obras fossem retomadas. “Como havíamos anunciado anteriormente, o problema não era dinheiro, tínhamos que encontrar uma maneira de conceder o aditivo de prazo solicitado pela empresa, e isso foi possível com o aval da CGU. O dinheiro da contrapartida da Prefeitura de Goiânia, os R$ 800 mil, já estão disponível”, afirmou a secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué.

O advogado da Elmo Engenharia, Frederico Coutinho, representou a construtora na audiência em junho deste ano, quando foram discutidos os motivos da construção estar parada, e informou que as obras estavam suspensas por inadimplência da gestão municipal. De acordo com Coutinho, a construtora tinha pagamentos com até 180 dias em atraso.  “A empresa fez o serviço, mediu, pelo contrato de prestação de serviço, a prefeitura tinha até 30 dias para fazer o pagamento”, esclareceu o representante da construtora. (Felipe André é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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