HMI registrou crescimento de bebês prematuros neste ano

Até o último dia de setembro 65% dos bebês nasceram de forma prematura só no HMI

Postado em: 13-11-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Até o último dia de setembro 65% dos bebês nasceram de forma prematura só no HMI

No último ano, o HMI atendeu 1.226 bebês prematuros. Até outubro deste ano, foram 863 nascimentos antes da 37ª semana

Felipe André *

Referência no Estado de Goiás, o Hospital Materno Infantil (HMI) contou com um aumento no número de bebês que nasceram de forma prematura, ou seja, antes de completar a 37ª semana de gestação. Se em todo o ano passado os números chegaram a 59%, até o dia 30 de setembro deste ano 65% dos bebês nasceram prematuramente só naquela unidade. No último ano, o HMI atendeu 1.226 bebês prematuros. Até outubro deste ano, foram 863 nascimentos antes da 37ª semana.

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“A taxa interna do Hospital Materno Infantil no ano passado registrou 59% de crianças prematuras no HMI, somente neste ano até o dia 30 de setembro o número subiu para 65%. Porém existe uma particularidade no número, pois o hospital passou a ter atendimento de mais alta e média complexidade, aumentou a procura pelo HMI, as mães procuram esse hospital, nós temos uma taxa de nascimento muito alta. Não aumentou a taxa mundial”, confirmou Sara Gardênia, Diretora Técnica do Hospital Materno Infantil.

Os riscos variam de paciente para paciente, segundo Sara Gardênia. Fatores como a semana que o bebê nasce podem ser cruciais para evitar ou não sequelas para toda a vida. Em decorrência os problemas oftalmológicos e neurológicos são os mais decorrentes.

“As sequelas são relacionados a idade funcional que o bebê nasce, quanto mais jovem maior a chance de sequela. Mas isso varia de paciente para paciente, tem casos que o bebê nasce bem pequeno mas tem desenvolvimento normal, mas pode ter alterações pulmonares, renais etc. As principais são neurológicas e oftalmológicas”, ressaltou a diretora técnica do Hospital Materno Infantil.

Cuidados

Apesar de que pode ocorrer casos irreversíveis, alguns cuidados podem ser tomados com a intenção de evitar e prevenir que o bebê possa nascer de forma prematura. O fundamental para que isso não ocorra é um pré-natal bem feito e com acompanhamento médico o que identificaria logo algum tipo de problema.

“Existe alguns cuidados que as mães podem tomar, mas o fundamental é um pré-natal bem feito, pois com o acompanhamento se algo estiver sendo feito de forma inadequada, o médico já corrige. Às vezes tem coisas que são inevitáveis, mas quando é diagnosticado, pode ser evitado”, destacou Sara Gardênia.

Muitos são os fatores que podem aumentar o risco de que o bebê nasça prematuramente. Gestantes que já passaram por um parto prematuro, ou que esteja grávida de gêmeos (ou múltiplos) ou mesmo aquelas que apresentam um histórico de problemas no útero, têm maiores chances de ter uma gestação interrompida antecipadamente. 

“A mãe que esteja sendo acompanhada na no pré-natal tem uma evolução que tende a ser boa, mas tem casos que dá para saber que pode acontecer algo. Se a mulher estiver grávida de gêmeos, se tiver sido mãe adolescente, se já teve algum bebê prematuro ou abortamento. Infecção urinária, insuficiência do colo uterino, problemas na placenta, são alguns fatores que podem causar problemas”, finalizou.

Semana da Prematuridade

Um evento na unidade ocorre até 17 de novembro e busca esclarecer os cuidados que devem ser tomados para evitar que bebês nasçam de forma prematura. O objetivo da marcação no calendário da saúde é chamar a atenção de um problema que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge em média 15 milhões de crianças todos os anos ao redor do mundo. Desses, 340 mil apenas no Brasil, fazendo com o que o país ocupe a 10ª posição na categoria de nascimentos prematuros, duas vezes maior que a média nos países europeus. 

Com a temática “Somos Super Amigos: Equipe + Bebê Prematuro + Família”, o hospital que é especializado no atendimento a casos de média e alta complexidade para o bebê, vai expor a realidade da prematuridade, com depoimentos de profissionais que vivenciam diretamente a atenção e o cuidado intensivo ao recém-nascido prematuro. (Felipe André é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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