Veja como a tecnologia será utilizada para segurança no show da Madonna

Como no Réveillon de 2023, o policiamento para o show da rainha do pop foi redobrado, e os policiais devem utilizar a tecnologia para reduzir a criminalidade, incluindo drones e câmeras com reconhecimento facial

Postado em: 30-04-2024 às 14h33
Por: Cecília Epifânio
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Veja como a tecnologia será utilizada para segurança no show da Madonna | Foto: iStock

Em quatro dias, Madonna fará o tão aguardado show gratuito (muito importante mencionar isso), na Praia de Copacabana. E, desde que foi anunciado, uma chuva de memes tomou conta da internet a respeito da segurança no Rio de Janeiro.

Como no Réveillon de 2023, o policiamento para o show da rainha do pop foi redobrado, e os policiais devem utilizar a tecnologia para reduzir a criminalidade, incluindo drones e câmeras com reconhecimento facial.

A PM carioca batizou a iniciativa de “Programa de Videomonitoramento Urbano” e, muito antes das comemorações de final de ano, os militares instalaram várias câmeras com software de reconhecimento facial em quase toda a orla da cidade, do Leme até a Pedra de Guaratiba, e nas principais vias expressas da cidade, além dos túneis.

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Desde que começou a operar, a Polícia Militar prendeu 50 pessoas em pouco mais de dois meses. Segundo o G1, essas pessoas estavam sendo procuradas por diferentes crimes, como assassinato, feminicídio, envolvimento com tráfico de drogas, roubo e furto.

Para aumentar a vigilância das imagens e a segurança durante o show da Madonna, a Polícia Militar planeja usar drones com as mesmas câmeras, assim como foi feito no Réveillon.

Aos poucos as câmeras começam a funcionar

Durante a festa de Ano Novo de 2023, a iniciativa da Polícia Militar começou com 100 câmeras no total. Em janeiro deste ano, a prefeitura do Rio de Janeiro colocou o software em mais 21 câmeras do Centro de Operações do Rio (COR), localizado no bairro da Lapa.

No final de fevereiro, o Metrô Rio, a Supervia, a CCR Barcas e a CCR Via Lagos concordaram em participar da iniciativa. Agora, as câmeras das estações de metrô, trem e barca também podem identificar rostos, de acordo com as informações da Polícia Civil.

As câmeras não só conseguem ver rostos, mas também podem ler placas de carros. No dia a dia, as imagens aparecem tanto em um carro especialmente equipado com mais quatro câmeras quanto no Centro Integrado de Comando e Controle da Polícia Militar.

Quando o sistema detecta uma pessoa ou veículo com problemas, como mandados de prisão pendentes, ele emite um alerta. Depois disso, os agentes da PM vão até o local da ocorrência.

Tecnologia de reconhecimento facial têm falhas

A tecnologia de reconhecimento facial é alvo de controvérsias e divide opiniões entre especialistas. Qualquer falha no processo pode resultar na abordagem ou até mesmo na prisão injusta de uma pessoa – e isso já aconteceu.

No início das operações no Rio de Janeiro, as câmeras levaram a pelo menos duas prisões equivocadas. A Secretaria de Segurança Pública da cidade atribuiu os erros a “inconsistências do sistema” e a uma “questão de atualização dos bancos de dados”.

Atualmente, o sistema utiliza apenas os dados do Sistema de Cadastro de Mandados de Prisão da Polícia Civil para identificar possíveis suspeitos. Em comunicado, a Secretaria afirmou ter como objetivo unificar os bancos de dados da polícia, Justiça e Governo Federal para “automatizar ao máximo este processo e, consequentemente, agilizar as abordagens”.

No estado de São Paulo, o Ministério Público solicitou a suspensão do Programa Smart Sampa, que previa a instalação de câmeras para reconhecimento facial. Na ocasião, vereadoras da capital argumentaram que, de acordo com especialistas em segurança, a tecnologia tinha um viés discriminatório.

De acordo com estudos, 90,5% das pessoas presas em outras regiões do Brasil por meio do reconhecimento facial eram negras.

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